Educadores vão atuar em escolas com baixo desempenho no Idesp

Cerca 500 profissionais serão treinados para ajudar diretamente na recuperação de 379 escolas

seg, 14/07/2008 - 10h38 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Educação inicia em agosto uma forte ação para melhorar os índices das escolas mais mal avaliadas de São Paulo. Cerca 500 profissionais (supervisores e Assistentes Técnico-Pedagógicos) serão treinados para ajudar diretamente na recuperação das 379 escolas com pior desempenho da rede, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), lançado pela pasta em maio deste ano.

O grupo de 500 profissionais terá a missão de acompanhar de perto, sugerir e orientar escolas a atingirem suas metas educacionais. Este trabalho conjunto com as direções das escolas já acontece desde o lançamento do Idesp, mas agora terá acompanhamento direto da Secretaria. À época do lançamento a Secretaria informou que atuaria nas 100 escolas mais mal avaliadas, mas decidiu ampliar o projeto, abrangendo cerca de 7% das unidades.

Os 500 profissionais que atuarão nas escolas serão treinados já no fim deste mês. Além deste “grupo de elite”, que não tem nome oficial mas está sendo apelidado de “Swat da Educação”, a Secretaria implantará uma série de ações para melhorar o desempenho dos estudantes da rede estadual.

A Jornada de Matemática, por exemplo, foi estendida para todo o Estado e poderá beneficiar cerca de 260 mil alunos da 4ª série do Ensino Fundamental_ inscrições acabam nesta segunda-feira, 14 de julho. É uma olimpíada que pretende estimular os alunos a ganhar conhecimento em matemática, área com pior desempenho entre os estudantes da rede estadual.

Uma série de reformas já está em andamento, mas agora a Secretaria passa a focar nas 379 escolas mais mal avaliadas no Idesp.  A partir de 25 de julho todas estas escolas contarão com programa específico de reformas e ampliações. Em primeira fase, 64 escolas da Grande São Paulo passarão por reformas_ são das Diretorias de Ensino de Itaquaquecetuba, Sul 3 (capital) e Osasco, já que estas são as regiões com mais escolas mal avaliadas. No interior as regiões imediatamente atendidas serão de Campinas e Guaratinguetá, pelo mesmo motivo.

Além destas, o plano de reestruturação das escolas pretende melhorar as condições de outras unidades, com previsão de gasto (para todas as reformas, ampliações e adaptações) de R$ 650 a R$ 800 milhões. Em 2007 foram gastos cerca de R$ 550 milhões em obras. As outras regiões continuarão com as obras já previstas, em programa à parte da Secretaria.

“Vamos atacar em várias frentes, sem poupar esforços para recuperar essas escolas e ajudá-las a cumprir as metas. Nossa intenção é diminuir a diferença entre as escolas muito boas e as com maiores deficiências”, afirma a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

Outras mudanças: a Secretaria determinou que os alunos da rede estadual terão novidades pedagógicas a partir deste segundo semestre. Todas escolas com turmas de 2º ciclo de Ensino Fundamental (5ª a 8ª do Fundamental) e de Ensino Médio (não apenas as 379 com piores índices) receberão materiais novos para recuperação paralela (no contra-turno). Cerca de 100 mil estudantes, de todas as escolas nestes ciclos, terão cadernos de apoio em matemática e língua portuguesa, com indicação de atividades, sugestões de exercícios. Os professores identificarão os alunos que necessitem de apoio e formarão as turmas. As aulas serão, a partir de agosto, no contra-turno ou aos sábado, em classes de 15 a 20 estudantes. Outros 6.000 cadernos de apoio serão para os professores.

Esta mesma recuperação, com cadernos de apoio para alunos e professores, já é aplicada para no ciclo inicial (1ª a 4ª série do Fundamental) e terá continuidade no segundo semestre. Para as 379 escolas com piores índices, além desta recuperação com materiais novos, a Secretaria determinou a repetição da recuperação que ocorreu no início do ano, mas agora no contra-turno, com o Jornal do Aluno e a Revista do Professor (materiais que focam em língua portuguesa e matemática, abordando as outras disciplinas).

“São ações que se complementam. O objetivo é melhorar a qualidade da aprendizagem. Para isso é preciso uma série de ações, com materiais específicos, capacitação de professores, melhor infra-estrutura, entre outras ações”, diz a secretária Maria Helena.Secretaria de Estado da Educação

Da Secretaria da Educação