Thalles Breda e seu amigo Luís Ricardo Canella, ambos de 14 anos, alunos de escola estadual em Itapira, gostam de fuçar – conforme dizem – em todo tipo de parafernália, em especial elétricas. “Tudo que quebrava em casa, eu começava a consertar”, conta Thalles. Certa vez, lembra, causou susto e enorme fumaceira ao mexer nos fios de uma lâmpada.
A idéia de criar uma engenhoca para apagar o incêndio de balões partiu, principalmente, dos dois. O estímulo, porém, veio da professora. Eles montaram com peças de Lego uma espécie de retroescavadeira, para levar a água até o fogo. Na hora da apresentação, porém, parte das peças se soltou. Numa nova tentativa, faltou bateria para o veículo se mover. A equipe (denominada Robot of Fire), que tem sete componentes, se esmerou no equipamento, mas não contou com a sorte no momento crucial.
Na EMEF Maria Pavanatti Favaro, a iniciativa de participar do Grande Desafio veio dos próprios alunos. Rosa Maria Siviero, professora de Ciências, conta que o interesse começou com a visita do caminhão da Oficina Desafio à escola. Apesar de direcionado a um número determinado de alunos, isso despertou a curiosidade de outros adolescentes. Eles pesquisaram sobre esse caminhão na Internet, ficaram sabendo a respeito do Grande Desafio e decidiram participar. Embora nunca tenham inventado nenhuma parafernália antes, Danklas e seus colegas desenvolveram um dispositivo simples, criativo, e acabaram recebendo o grande prêmio da categoria fundamental 1.
Outro grande vencedor, na categoria fundamental 2, foi o projeto de Frederico Macedo e Otávio Silva, da equipe O Desafio nós Superamos. Os dois tiveram pouco tempo para reformular o equipamento, que sofreu pane faltando uma semana para a apresentação. Criaram – com o auxílio de artefatos complexos, como placa de controle e bateria de alarme – um carrinho que suga a água de um lado e a leva para outro. Caprichou também no projeto, apresentação e investimento a equipe de Ourinhos.
Paulo Henrique Andrade
Da Agência Imprensa Oficial
