Campanha nas redes sociais faz alerta sobre violência sexual infantil

Ação #ProtejaNossasCrianças foi lançada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social

qua, 18/05/2016 - 20h02 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo lançou nesta quarta-feira (18) – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil –, a campanha #ProtejaNossasCrianças.

Balanço da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, responsável pelo Disque 100 – serviço gratuito nacional para denúncias, aponta que o estado de São Paulo registrou cerca de 16 mil denúncias em 2015 sobre violações de direitos de crianças e adolescentes, sendo 15,6% relacionadas à violência sexual.

A Secretaria chama a atenção para a proximidade das Olimpíadas do Rio de Janeiro, que aumenta consideravelmente o fluxo de turistas estrangeiros no país. “Em período de grandes eventos a vulnerabilidade das crianças aumenta e a sociedade precisa estar atenta, principalmente à exploração sexual no turismo”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.

O secretário alerta também para o crescimento dos crimes sexuais virtuais que tem vitimado crianças e adolescentes nas redes sociais. Casos como o grooming, sexting, nude self, revenge porn e a pornografia infantil têm crescido uma vez que a internet também aumenta a vulnerabilidade e a exposição dos jovens.

A organização não governamental Safernet, que coordena uma central de denúncias contra crime de direitos humanos na internet, recebeu mais de 189 mil denúncias relacionadas somente à pornografia infantil em 2014.

Atendimento
A Assistência Social, por meio dos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS), realizaram cerca de 25,4 mil atendimentos no Estado de São Paulo em 2015, sendo 17% relacionados à violência sexual infantil.

Na maior parte dos casos que chegam aos CREAS, a situação constatada revela mais de um tipo de violação associada. Os diversos tipos de violência raramente ocorrem de maneira isolada. Como exemplo de casos que afetam o público infanto-juvenil estão a negligência (abandono) e as violências físicas (agressão, cárcere privado, homicídio, maus tratos), psicológicas (ameaça, chantagem e perseguição) e sexuais (abuso, estupro, exploração, grooming, sexting, pornografia).

Denuncie
Qualquer suspeita de violência deve ser denunciada e realizada através do disque 100 (disque denúncia nacional) ou 181 (disque denúncia do Estado de São Paulo) e, também, nos Conselhos Tutelares, Delegacias de Polícia e Delegacias Especializadas de Proteção à Criança e ao Adolescente de sua cidade. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo.

Do Portal do Governo do Estado