Tecnologia permite barrar crime ambiental em fase inicial

Novo sistema de monitoramento paulista identifica degradação em áreas a partir de 20m²; antes cerca de 400m²

ter, 22/08/2017 - 20h31 | Do Portal do Governo

A Secretaria do Meio Ambiente (SMA) ganhou reforço com a nova plataforma de monitoramento ambiental. São imagens geradas de altíssima resolução e com informações detalhadas. Com isso, permite identificar com precisão e rapidez o tipo de degradação da área, tornando possível barrar um crime ambiental ainda no início. Quando as imagens estão boas, sem nuvens, são carregadas no portal para ser analisadas e comparadas com anteriores. Qualquer irregularidade já fica evidente e passível de intervenção.

Em funcionamento desde o mês de julho, a nova plataforma permitiu, mesmo que ainda na fase de testes, identificar e barrar a degradação ambiental em quatro áreas. Juntas, somam 2,1 hectares de áreas preservadas, em Ubatuba, litoral norte do Estado. Durante a rotina do monitoramento, os técnicos da SMA, identificaram as alterações na vegetação. Rapidamente as informações foram repassadas para a Polícia Militar Ambiental, que seguiu para fiscalização.

No local indicado pelas imagens constatou-se o desmatamento de floresta nativa e duas construções recentes em cinco áreas próximas. Outra área de 11.200m², mais distante e também identificada, está nos limites do Parque Estadual da Serra do Mar. A Polícia Militar Ambiental constatou crime ambiental em campo e iniciou os processos de embargo e emissão das infrações Ambientais.

Com imagem precisa e diária torna-se possível reduzir o tempo de reposta e aumenta a chance de barrar uma degradação ambiental ainda no início. Características que aumentam a expectativa para uma fiscalização mais eficiente na conservação ambiental.

Nos últimos anos, a Secretaria do Meio Ambiente progrediu na questão do monitoramento ambiental remoto. O Monitoramento Ambiental por Imagens de Satélites (MAIS) foi iniciado em 2013 e desde então compara imagens de satélites de diferentes datas. Sistematicamente o programa cobre todo o estado de São Paulo.

Antes era possível enxergar degradações em áreas a partir de 3.600m², quase meio campo de futebol. A partir de 2016, esse tamanho foi reduzido para 400m², com as imagens dos satélites Sentinel da Agencia Espacial Europeia. E agora é possível detectar alterações na vegetação em uma área de 20m², com imagens de altíssima resolução.

Originalmente contratado para atender à necessidade do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar-SP), o novo portal de imagens também é utilizado por toda a SMA, como Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA), institutos de pesquisa e CETESB. É a tecnologia a serviço da preservação do meio ambiente.