Quer saber como se formam as chuvas, como funciona o movimento das marés, como evoluíram as espécies, o que é gravidade ou como se formou o universo? O Museu Catavento Cultural tem as respostas para essas e outras perguntas, e explica os fenômenos naturais e os processos evolutivos de forma lúdica e compreensível.
Localizado no Palácio das Indústrias, imóvel na área central da cidade tombado pelo patrimônio histórico, o Museu Catavento Cultural é um ótimo programa para as crianças, jovens e adultos no feriado de 25 de janeiro, aniversário de 463 anos de São Paulo.
Também é uma excelente dica para as férias da garotada ou para complementar o conteúdo ministrado nas escolas no período letivo. Enfim, é programa para todo o ano.
O Museu
O Catavento Cultural é dividido em quatro seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. Em Universo, o visitante recebe informações sobre astronomia, experimenta viagens espaciais, conhece aspectos relacionados ao clima, à vegetação e à biodiversidade dos biomas brasileiros, entre outras curiosidades.
Em Vida, o foco é a evolução das espécies, aspectos sobre a vida animal, nos oceanos, o simbolismo, as semelhanças entre os seres vivos e o conhecimento sobre o corpo humano.
Engenho é a seção que estuda os fenômenos físicos, químicos, mecânicos, opticos e sonoros, ilustrados pela vivência do visitantes em experimentos.
Já a seção Sociedade proporciona diversas experiências como o fato de participar da produção de um programa de TV, a importância de preservar os recursos naturais e o caminho trilhado pela humanidade segundo a história das civilizações.
Um pouco de história
O Palácio das Indústrias que abriga o Museu Catavento foi concebido para ser um centro de exposições da indústria, daí a razão de seu nome. Foi planejado por Ramos de Azevedo e inaugurado em 29 de abril de 1924. Em 1947, o prédio passou a ser a sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e teve o nome alterado para Palácio Nove de Julho, em homenagem ao movimento constitucionalista de 1932, em São Paulo.
Em 1968, a sede do Legislativo mudou-se para uma edificação própria, no bairro do Ibirapuera. Entre 1970 e 1980, o Palácio das Indústrias, como voltou a ser conhecido, foi sede da Secretaria da Segurança Pública do Estado.
Em 1992, o palácio foi restaurado pela arquiteta Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto do Museu de Arte de São Paulo (Masp), para receber a Prefeitura Municipal de São Paulo que lá ficou até 2009.
Urbanização de São Paulo
Em meados do Século 16, época da fundação de São Paulo, a área onde está localizado o agora Museu Catavento Cultural ficava sob a água, durante as cheias dos rios Tamandatueí e Anhangabaú, no período de chuvas. Denominada de Várzea do Carmo, era considerada a porta de entrada da cidade.
Em 1892, foram iniciadas as obras de urbanização da região. Na época, os benefícios da produção de café já se faziam sentir e impulsionavam o desenvolvimento da cidade. No ano de 1911, seriam concebidos empreendimentos urbanos como o Vale do Anhangabaú e o Parque D.Pedro II, consolidados por volta da década de 1930-40.
Os empreendimentos de então foram influenciados pela arquitetura européia da época da Belle Èpoque, por sugestão do arquiteto francês Joseph Bouvard, a quem se atribui muitas das ideias levadas adiante para a remodelação da cidade, na área que hoje é conhecida como o centro histórico de São Paulo.
A execução e o planejamento de obras de remodelação do centro, entretanto, estiveram a cargo de profissionais e engenheiros brasileiros como Victor da Silva Freire, Alexandre de Albuquerque e Samuel da Neves, entre outros, sob encomenda da Diretoria Municipal de Obras.
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