#SP463: Casa das Rosas exibe filme sobre a cidade com trilha ao vivo

Instituto cultural incentiva a formação de escritores por meio de cursos, palestras, workshops e oficinas; conheça as atividades disponíveis

sáb, 21/01/2017 - 10h43 | Do Portal do Governo

Como ser tradicional e ao mesmo tempo contemporânea? A Casa das Rosas reúne essas duas características. Tradicional porque é remanescente de uma época em que a Avenida Paulista, símbolo de uma São Paulo em transição, reunia as mansões dos barões de café e das pessoas de alto poder aquisitivo da época.

Ramos de Azevedo, o arquiteto que já havia concebido prédios como o do Teatro Municipal de São Paulo, Pinacoteca, Mercado Municipal de São Paulo e alguns edifícios no centro histórico de São Paulo, construiu a mansão de estilo francês, em 1935, com 30 cômodos, edicula, jardins, quadras e pomar, que seria a residência da família Ramos de Azevedo até os anos 1980.

Contemporânea por que, quando transformada pelo Governo do Estado em museu em 1991, a Casa das Rosas assumiria as características da Avenida Paulista, de vida pungente, que se tornara um importante centro financeiro, mas também de intensa atividade cultural e artística.

A  Avenida Paulista já estava em outra: as mansões, como a própria Casa das Rosas, em sua imensa maioria foram substituídas por prédios de arquitetura arrojada, de grandes paredes envidraçadas, escritórios, livrarias e centros culturais.

Dinâmica, a Avenida Paulista agregou ao seu cotidiano manifestações do mundo da cultura e da arte, da contestação política e da afirmação de gêneros. A Casa das Rosas é alternativa como são esses movimentos e, ao mesmo tempo, mantém a tradição dos saraus de poesia, que tiveram lugar na mansão antigamente, com a participação de intelectuais e escritores.

Apoio a escritores
Com foco na literatura, a Casa das Rosas dá guarida a aspirantes a escritores, apoia a quem já se ocupa do ofício e da voz aos mestres da arte para a transmissão e passagem de conhecimento. Promove cursos, palestras e oficinas, divulga concursos literários e diversas atividades ligadas ao tema. Participam de suas iniciativas em média 80 mil pessoas por ano.

O instituto cultural mantém o Centro de Referência Haroldo de Campos e o Centro de Apoio ao Escritor. O primeiro se dedica à pesquisas sobre o poeta concretista, interpretação de sua obra e depoimentos de intelectuais e artistas contemporâneos, além de publicações sobre o autor e intercâmbios.

Já o Centro de Apoio ao Escritor se propõe a mostra os caminhos para que está interessado em se especializar no ofício, mostrar os caminhos da carreira e participar gratuitamente de cursos, oficinas, palestras e outras iniciativas com escritores e profissionais do mercado editorial. A Casa das Rosas é, assim, tradicional e ao mesmo tempo contemporânea.

Programação especial
A Casa das Rosas vai comemorar o aniversário de 463 anos da cidade de São Paulo com a exibição, em 25 de janeiro, do filme “São Paulo, Sinfonia da Metrópole”, de Adalberto Kemeny e Rudolf Rex Lustig, produzido em 1929. A obra mostra um dia na cidade, do nascer ao pôr do sol.

A exibição acontecerá no Jardim do museu, com trilha musical criada e executada ao vivo pelo maestro e compositor Livio Tragtenberg. Antes da exibição, haverá o lançamento do livro Antologia TranSPassar (Editora Sesi), organizado por Carlos Felipe Moisés e Victor Del Franco, com leituras de poemas sobre as ruas da cidade e depoimentos de poetas participantes.

#SP463