Reeducando ganha medalha de bronze na Olimpíada de Matemática

Outros dois concorrentes receberam menções honrosas; Coordenadoria Noroeste inscreveu mais de 4 mil detentos no torneio

ter, 18/02/2020 - 19h27 | Do Portal do Governo

Um reeducando de Itaí que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” ganhou a medalha de bronze na última edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), realizada em 2019. Mais dois presos, um da mesma unidade e outro do Centro de Ressocialização (CR) de Ourinhos, receberam menções honrosas. A data da premiação ainda será agendada pela organização do torneio.

Outros 4.075 participaram das Olimpíadas entre os meses de maio e setembro de 2019. Na edição de 2017, um colombiano detido em Itaí faturou a medalha de ouro. Edisson Humberto Barbativa Murillo, que atualmente está em liberdade, foi o primeiro preso na história da Olimpíada a levar o prêmio máximo.

Em 2018, nove reeducandos foram condecorados: dois conseguiram prata e bronze. O restante, recebeu menção honrosa.

Oportunidade

O detento que conquistou a insígnia de bronze na edição do ano passado (15ª OBMEP) teve a oportunidade de retomar os estudos na unidade prisional. Ele concluiu o Ensino Fundamental na Penitenciária de Itaí, no primeiro semestre de 2019.

De nacionalidade francesa, atuava como gerente de marketing antes de ser preso. Atualmente, cumpre pena em regime aberto em São Paulo, onde declarou ter residência fixa e estaria cursando o Ensino Médio.

Reinserção

Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, as secretarias de estado da Administração Penitenciária (SAP) e de Educação (SEE) têm estimulado, cada vez mais, que reeducandos participarem da Olimpíada de Matemática.

Realizada pelo Instituto Nacional de Matéria Pura e Aplicada (IMPA), a OBMEP é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do Estado.

Formação escolar

Presos sem formação escolar podem concluir os estudos enquanto cumprem pena, por meio de escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionalizantes e de Ensino Superior.