Projeto Remama promove reabilitação na Raia Olímpica da USP

Além de reduzir a reincidência do câncer de mama, prática do remo estimula o convívio e a interação social das pacientes

sex, 04/01/2019 - 18h12 | Do Portal do Governo

Com o objetivo de resgatar a qualidade de vida, por meio da prática de remo, de mulheres que passaram pelo tratamento de câncer de mama, o Projeto Remama leva as pacientes para remar na Raia Olímpica da Cidade Universitária da USP, na capital paulista.

Realizado desde 2013 em parceria com a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, o processo começa com exercícios em aparelhos de remada semelhantes aos que existem em academias. As pacientes que sabem nadar vão em seguida para barcos de treino, numa área separada da Raia Olímpica, e depois têm a chance de remar em barcos de 4 e 8 lugares, além de canoas individuais.

Pacientes que fazem tratamento para se recuperar do câncer de mama têm no esporte a chance de acelerar o processo de reabilitação.

“O câncer é uma doença que carrega muitos estigmas, principalmente em relação à aparência. Por isso, enquanto estão em tratamento, os pacientes precisam ser incentivados, motivados. Nosso principal objetivo é resgatar o ânimo deles, inspirá-los a se olharem além da doença”, explica a coordenadora de humanização do hospital, Maria Helena Sponton.

O remo é um esporte aquático completo e proporciona ao praticante disciplinado condicionamento cardiopulmonar, fortalecimento muscular e controle de peso corporal. Braços, pernas e troncos são bastante requisitados para impulsionar e movimentar o barco.

Com a prática do esporte, a reincidência da doença é minimizada em virtude do aumento da resistência física, que influencia na melhora do sistema imunológico para trabalhar no combate ao desenvolvimento de doenças.

“A prática de exercícios pode trazer inúmeros benefícios ao paciente oncológico, por melhorar a aptidão física, a autoestima e a saúde mental.

O esporte contribui, ainda, para a redução de quadros dolorosos, da fadiga, dos transtornos do humor e dos distúrbios do sono, altamente prevalentes neste grupo de pacientes”, afirma Christina Brito, coordenadora médica do serviço de reabilitação.