Ao observar a degradação causada por um forte período de seca em uma nascente de rio, no município de Quatá, na região de Marília, a estudante Vitória Carolaine da Silva Lima, do curso técnico de Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, da Escola Técnica Estadual (Etec) Dr. Luiz César Couto, resolveu agir.
Ela decidiu desenvolver um projeto de recuperação da vegetação nativa em áreas de preservação permanente de nascentes, por meio da plantação de mudas, isolamento local e educação ambiental da comunidade no entorno.
Orientado pelo professor Gilberto Balejo, o Plantar para Transformar Vidas ficou entre os seis melhores trabalhos do Brasil no Programa Educação Cultural, da Lwart Soluções Ambientais em parceria com a NTCIS Projetos. A Etec Bartolomeu Bueno da Silva – Anhanguera, de Santana do Parnaíba, também participou da Feira de Ideias do concurso. A cerimônia de premiação ocorreu em novembro e está disponível no Youtube.
União de esforços
A jovem produziu um planejamento com duração prevista de oito meses para a execução da proposta, que vai desde a busca por parceiros para aquisição de mudas e instalação de cercas, até a mobilização de líderes para trabalhos sociais com a população rural. “Estamos em contato com órgão públicos, associações e empresas para unir esforços e ter condições de iniciar os trabalhos a partir do primeiro semestre do ano que vem”, explica Vitória. Ela pretende desenvolver um piloto ao redor de uma represa localizada dentro da área agrícola da Etec de Quatá.
O projeto foi idealizado para atender quatro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU): Educação de Qualidade (ODS4), Água Potável e Saneamento (ODS 6), Vida Terrestre (ODS 15), e Parcerias e Meio de Implementação (ODS17).
“A restauração das áreas de nascentes irá proporcionar o equilíbrio do ecossistema e a conservação dos recursos hídricos, beneficiando os três municípios banhados pelos rios da região”, afirma.
Para o orientador, a proposta tem grande potencial para ser colocada em prática, tendo em vista o baixo custo de produção e o engajamento da sociedade na preservação do meio ambiente. “As organizações estão atentas aos incentivos propostos para quem investe em ações socioambientais. Trata-se de uma grande oportunidade para contribuir com o avanço da atividade agrícola em sintonia com a legislação ambiental, além de servir como instrumento de ensino pedagógico na própria instituição”, destaca.
