Primeiros aerogeradores começam a funcionar em SP

Início da produção por meio dos ventos demonstra potencial do território paulista para diversificar matriz energética

qua, 04/10/2017 - 14h32 | Do Portal do Governo

Após dois meses em testes, os primeiros geradores de energia eólica do Estado de São Paulo entraram oficialmente em operação, no mês de setembro. Os equipamentos estão instalados na área da usina Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, no município de Rosana, na região de Presidente Prudente.

Durante o período, as torres eólicas geraram cerca de três megawatts médios. Com investimento de R$ 8,3 milhões, as unidades têm capacidade de gerar, por ano, até 620 megawatts-hora (MWh), energia suficiente para abastecer cerca de 500 residências com consumo médio de 100 quilowatt-hora (kWh) durante 12 meses.

“O início da produção de energia elétrica por meio dos ventos é um marco para São Paulo, que comprova seu potencial e viabilidade econômica para adotar o uso da geração de energia eólica na matriz energética. O projeto, desenvolvido a pedido do governador Geraldo Alckmin, pode ser replicado no formato de consórcio por empresas e condomínios residenciais”, afirma o secretário de Estado de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

As torres possuem 30 metros de altura e pás de dez metros de comprimento. A energia elétrica produzida pelos aerogeradores será utilizada no consumo interno da usina Porto Primavera.

Estudos
Com o apoio da Secretaria Estadual de Energia e Mineração, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) desenvolve, na usina localizada em Rosana, um amplo projeto de pesquisa, para estudar o uso conjunto das fontes de energia solar, eólica e hidráulica.

A iniciativa tem quatro anos e meio de duração, com a conclusão prevista para agosto de 2018. O investimento total é de R$ 31 milhões, considerando o projeto de pesquisa, compra dos equipamentos, instalação e manutenção. Além das usinas solares e eólicas, estão em funcionamento uma estação solarimétrica (voltada à medição do potencial de energia solar) e uma estação anemométrica (que analisa o potencial dos ventos). Ambas completam o projeto de pesquisa e desenvolvimento.

Para o subsecretário de Estado de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior, o território paulista conta com diversos locais para explorar a fonte eólica. “São Paulo conta com áreas de boa intensidade de ventos. Os municípios com maior potencial são Jaú, Barra Bonita e Dois Córregos, na região de Bauru; Capão Bonito e Fartura, na região de Itapeva; Votorantim, Piedade e Itu, na região administrativa de Sorocaba; Campos do Jordão, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba e; Valinhos, Cabreúva e Joanópolis, na administrativa de Campinas”, explica.

A Cesp conta com a parceria no projeto eólico da USP/Fusp, Fepisa, MRTS Consultoria e MFAP Consultoria Elétrica e Comércio Ltda., além dos fornecedores e montadores RTB Energias Renováveis, BASE Energia Sustentável e PVSOLAR Energia e Meio Ambiente.

Mapeamento
De acordo com o Atlas Eólico do Estado de São Paulo, o território paulista tem potencial de aproximadamente 13 mil GWh. Os valores foram calculados a uma altura de 100 metros, considerando restrições pertinentes e velocidades de vento acima de 6,5 metros por segundo, ocupando uma área de 1.134 km².

Se forem consideradas todas as áreas com velocidades acima de 6 metros por segundo, o potencial de geração subiria para cerca de 72 mil GWh. O conteúdo completo da publicação está disponível no site da Secretaria de Energia e Mineração.