Presos participam de força-tarefa para serviços de limpeza em Pirajuí

Dez detentos da Penitenciária I auxiliaram na remoção de lama e entulhos decorrentes das fortes chuvas que atingiram a cidade

sáb, 07/03/2020 - 18h28 | Do Portal do Governo
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Presos ajudam na limpeza de curso do Rio Dourado, em Pirajuí

Presos que cumprem o regime semiaberto na Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí atuaram em força-tarefa organizada para reparar danos provocados pela forte chuva que atingiu a cidade em 10 de fevereiro. Na ocasião, ruas e avenidas, principalmente as da região central, foram tomadas por lama, sujeira e entulhos trazidos pela enxurrada.

Autorizados pelo juiz corregedor, dez reeducandos prestaram trabalho voluntário para a prefeitura por quatro dias, entre 18 e 21 de fevereiro, das 8h às 16h. Eles fizeram a limpeza da avenida Orestes Quércia e alguns trechos do Rio Dourado, que teve o curso da água prejudicado em razão de detritos e galhos de árvores.

Sob supervisão de dois agentes de segurança da unidade prisional, o serviço garante remição de pena aos sentenciados – a cada três dias trabalhados, é remido um dia da condenação.

“Este trabalho é uma forma de colaborar com a população e com nós mesmos, que erramos no passado e agora temos a chance de recomeçar. Ao cumprir a pena, poderemos voltar ao convívio da sociedade de cabeça erguida”, destaca um dos presos que participou da força-tarefa.

Segundo o diretor da Penitenciária I de Pirajuí, Paulo Rogério Prieto Martins dos Santos, os presos que participam do mutirão ficaram gratos pela oportunidade. “Eles puderam ajudar a população de alguma forma e isso acaba sendo recompensador”, destaca.

“Além disso, [o trabalho] também resgata valores, como respeito, dignidade e capacidade, e proporciona novas expectativas para o momento de reinserção social”, conclui Santos.

De acordo com o prefeito de Pirajuí, Cesar Fiala, a chuva provocou diversos estragos na cidade e também prejudicou o curso do Rio Dourado. “Havia muita sujeira, muito galho, o que atrapalhou o escoamento da água”, explica. Fiala afirma que a mão de obra carcerária atende tanto aos anseios da população quanto auxilia no processo de ressocialização dos presos.