
Presos que cumprem o regime semiaberto na Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí atuaram em força-tarefa organizada para reparar danos provocados pela forte chuva que atingiu a cidade em 10 de fevereiro. Na ocasião, ruas e avenidas, principalmente as da região central, foram tomadas por lama, sujeira e entulhos trazidos pela enxurrada.
Autorizados pelo juiz corregedor, dez reeducandos prestaram trabalho voluntário para a prefeitura por quatro dias, entre 18 e 21 de fevereiro, das 8h às 16h. Eles fizeram a limpeza da avenida Orestes Quércia e alguns trechos do Rio Dourado, que teve o curso da água prejudicado em razão de detritos e galhos de árvores.
Sob supervisão de dois agentes de segurança da unidade prisional, o serviço garante remição de pena aos sentenciados – a cada três dias trabalhados, é remido um dia da condenação.
“Este trabalho é uma forma de colaborar com a população e com nós mesmos, que erramos no passado e agora temos a chance de recomeçar. Ao cumprir a pena, poderemos voltar ao convívio da sociedade de cabeça erguida”, destaca um dos presos que participou da força-tarefa.
Segundo o diretor da Penitenciária I de Pirajuí, Paulo Rogério Prieto Martins dos Santos, os presos que participam do mutirão ficaram gratos pela oportunidade. “Eles puderam ajudar a população de alguma forma e isso acaba sendo recompensador”, destaca.
“Além disso, [o trabalho] também resgata valores, como respeito, dignidade e capacidade, e proporciona novas expectativas para o momento de reinserção social”, conclui Santos.
De acordo com o prefeito de Pirajuí, Cesar Fiala, a chuva provocou diversos estragos na cidade e também prejudicou o curso do Rio Dourado. “Havia muita sujeira, muito galho, o que atrapalhou o escoamento da água”, explica. Fiala afirma que a mão de obra carcerária atende tanto aos anseios da população quanto auxilia no processo de ressocialização dos presos.