Presídio promove feira de artesanato com peças produzidas por reeducandas

Atividade realizada na Penitenciária Feminina de Pirajuí contribui para formação das participantes e evolução profissional

ter, 21/07/2020 - 19h24 | Do Portal do Governo

A Penitenciária Feminina “Sandra Aparecida Lario Vianna” de Pirajuí promoveu a 1ª Feira de Artesanatos com peças produzidas pelas reeducandas, como tapetes, jogos de banheiro, xales e toucas. Foram três meses de produção nas celas dos quatro pavilhões habitacionais e também na ala de progressão, totalizando 200 itens confeccionados. O evento aconteceu entre os dias 4 e 7 de junho.

O projeto “Transformando Linhas” busca o aperfeiçoamento profissional e a perspectiva de reestruturação social da mulher encarcerada. Ao todo, 230 presas atuaram na produção de artesanatos.

O evento interno contou com a participação dos servidores que, de forma revezada, para evitar aglomerações, visitaram a área de exposição e adquiriram dezenas de peças. “Toda a renda arrecadada foi revertida para as reeducandas”, destaca a diretora do Centro de Trabalho e Educação (CTE) da unidade, Ana Claudia Silva Dias.

“Posteriormente, quando a situação da pandemia estiver controlada e a quarentena for suspensa, a minha ideia é fazer uma feira fora da penitenciária, em alguma praça, para que os visitantes, inclusive, também participem, pois eles devem comprar para ajudar as reeducandas. Caso demore para que isso aconteça, pretendo fazer outro evento interno nos próximos meses”, detalha Ana Claudia.

Relações sociais

A diretora da Penitenciária Feminina de Pirajuí, Graziella Fernanda Rodrigues Costa, explica que o projeto visa proporcionar a reconstrução das relações sociais que foram rompidas devido ao encarceramento. “Tem como objetivo, também, a evolução profissional, resgatando o autoconhecimento e a busca por novos paradigmas de vida”, aponta.

Graziella pontua, ainda, que a produção de artesanatos colabora para que as presas acreditem em seu potencial. “Que esse projeto seja o referencial para o retorno delas à sociedade, longe da marginalidade. Que seja o ponto crucial para a não reincidência, vislumbrando a profissionalização, com possível geração de renda autônoma”, finaliza.