Pinacoteca recebe exposição interativa a partir deste sábado (7)

Primeira mostra no Brasil do artista cubano Jorge Pardo convida o público a experimentar o que significa viver com a arte

sex, 06/12/2019 - 16h14 | Do Portal do Governo

A partir deste sábado (7), a Pinacoteca de São Paulo apresenta a exposição “Jorge Pardo: Flamboyant”, que ocupa o Octógono do edifício Pina Luz. Com curadoria de Jochen Volz, diretor-geral do museu, a mostra apresenta uma instalação interativa inédita composta de 14 peças que convida o público a experimentar um momento de fruição e de contemplação.

Considerado um dos mais importantes artistas da atualidade, o cubano vem utilizando-se das linguagens do desenho e da escultura para se expressar. A trajetória criativa do artista ganhou grande destaque nos anos 1990 com mostras individuais em instituições renomadas internacionalmente e participações nas grandes exposições coletivas, como a 57ª Bienal de Veneza, como a decoração de hotéis, a exemplo do recém-inaugurado L’Arlatan, residência artística e hotel situado em Arles (França), e a ambientação de restaurantes, como o do Hammer Museum, em Los Angeles, e o do parlamento do governo federal alemão, em Berlim.

“Estou interessado em perguntar: onde a arte supostamente deve parar? É quase impossível controlar onde o movimento começa e onde termina”, afirmou o artista em abril de 2019, em entrevista a uma revista norte-americana. Para o Octógono da Pinacoteca, Pardo desenvolve um espaço de estar composto de um tapete redondo listrado de amarelo, de cobre e de laranja, treze luminárias e de sete cadeiras de balanço, todos desenhados e fabricados por ele.

O conjunto propõe evocar uma experiência familiar à do descanso sob o pé de uma árvore, convidando o visitante a desfrutar das frondosas peças que, assim como o flamboyant, exalam uma beleza transitória.

A obra dialoga ainda com a arquitetura e a história do edifício da Pinacoteca que, até 1911, sediou o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. “A relação entre as belas-artes e as artes aplicadas foi fundamental na origem da Pinacoteca. É interessante que Pardo retome a discussão um século depois. A instalação de luminárias faz claramente uma referência ao grande chandelier instalado no Belvedere, antiga entrada principal do museu, cujo acesso era realizado pela Avenida Tiradentes”, explica o curador Jochen Volz.