Pessoas com deficiência buscam especializações em Etecs e Fatecs

Nos últimos anos, CPS mais que dobrou número de alunos com algum tipo de deficiência física, intelectual, visual, auditiva ou múltipla

seg, 03/12/2018 - 12h11 | Do Portal do Governo

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta segunda-feira (3), o Centro Paula Souza (CPS) apresenta um balanço das ações que fazem da instituição um modelo para inclusão de deficientes no mundo do trabalho.

Nos últimos dois anos, as Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais mais do que dobraram o número de alunos que apresentam algum tipo de deficiência física, intelectual, visual, auditiva ou múltipla. Em 2016, eram 375 e atualmente são mais de 800 jovens deficientes atendidos em 169 das 295 Etecs e Fatecs em todo o Estado.

De acordo com a assessora de Inclusão da Pessoa com Deficiência do CPS, Alessandra Costa, o aumento se deve ao investimento maciço da instituição para estimular a formação profissional de deficientes. “O jovem recebe tratamento especializado por professores capacitados que dispõem de tecnologia assistiva de última geração, oferecendo uma boa condição de aprendizagem e maior autonomia para o aluno”, explica.

O Centro Paula Souza investiu nos últimos anos cerca de R$ 1 milhão na compra de móveis e equipamentos para auxiliar os estudantes com deficiência na sala de aula e nos estudos extraclasse. São diversos aparelhos, como lupas eletrônicas, leitores de texto digitais, scanners especiais e máquinas de escrever em braille, além de carteiras adaptadas para cadeira de rodas.

Cultura inclusiva

A inclusão começa no processo seletivo. Na ficha de inscrição, o candidato pode solicitar atendimento diferenciado, como prova em braille ou ampliada, intérprete de libras ou escolha do melhor local para fazer o exame.

Ao ingressar na instituição, o aluno é entrevistado para que sejam definidas as tecnologias assistivas e a metodologia de ensino adequada. Os professores são constantemente capacitados para atender necessidades específicas do estudante com deficiência.

Entre 2017 e 2018, foram contratados mais de 250 profissionais especializados e 1,7 mil funcionários treinados em temas como integração, práticas pedagógicas, metodologias de ensino para pessoa com deficiência, tecnologias assistivas, legislação e linguagem de sinais.

A cultura inclusiva também está presente na rotina dos demais alunos da instituição, com seus projetos tecnológicos que todos os anos são destaque em feiras de ciência de todo o país.

A edição 2018 da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), ressaltou, por exemplo iniciativas como aplicativos de celular e games para crianças autistas e com déficit de atenção, dispositivo para adaptar cadeira de rodas em bicicleta, projetos de moda inclusiva, óculos detector de obstáculos para deficientes visuais, interpretador cerebral para braço robótico, entre diversas outras invenções. Visite a feira virtual.