Saúde lança guia de prevenção de tuberculose para soropositivos

Com alto índice de mortalidade entre portadores do vírus HIV, doença tem de 20 a 30% de chances de acometer pacientes deste grupo

seg, 27/03/2017 - 16h36 | Do Portal do Governo

Pensando neste perfil de pacientes, a Secretaria de Estado da Saúde lança na terça-feira (28) um guia para prevenção e tratamento da tuberculose em pessoas vivendo com HIV. A publicação da Centro de Referência e Treinamento DST/Aids e da Divisão de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) é dirigida a profissionais de saúde da rede pública do Estado.

O objetivo é proporcionar um atendimento mais especializado e humanizado para pacientes soropositivos. A tuberculose é uma das principais causas de óbitos em pessoas com HIV e as chances de a doença se manifestar nestes pacientes é de 20 a 30% maior do que em quem não tem o vírus.

O lançamento da publicação é alusivo ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose comemorado todos os anos, no dia 24 de março. O guia traz informações sobre prevenção, tratamento, rastreamento e diagnóstico da doença e alerta para o impacto da transmissão da doença entre a comunidade de pacientes com HIV.

Na mesma terça-feira, a Secretaria de Estado da Saúde premia os municípios, serviços de saúde e centros de vigilância epidemiológica que mais incentivaram a busca de casos no Estado. O evento acontece no Centro de Convenções Rebouças, zona Oeste da cidade de São Paulo.

A meta da Secretaria é reduzir a incidência da doença para menos de 10 casos para cada 100 mil habitantes até o ano de 2035 e para menos de um caso por um milhão de habitantes até 2050.

Em 1998, o número de casos registrados no Estado a cada 100 mil habitantes era de 49,3. Esse número caiu para 38,1 casos para cada 100 mil habitantes, em 2016, o equivalente a uma redução de 23% no número de casos verificados no Estado.

A tuberculose pode ser evitada com a vacinação precoce de crianças já após o nascimento ao máximo até os quatro anos. A vacina BCG está disponível gratuitamente nos postos de vacinação das redes do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo maternidades.

A doença é contagiosa e pode ser transmitida pela saliva do indivíduo infectado ao falar, espirrar ou tossir. Ela ataca principalmente os pulmões mas pode afetar outros órgãos ou sistemas.