Nunca é tarde para viajar

O mar não estava agitado nem o dia ensolarado, mas o entusiasmo das mulheres e homens do programa Melhor Viagem São Paulo na Praia Grande contagiava todos. “É a primeira […]

ter, 18/09/2012 - 10h20 | Do Portal do Governo

O mar não estava agitado nem o dia ensolarado, mas o entusiasmo das mulheres e homens do programa Melhor Viagem São Paulo na Praia Grande contagiava todos.

“É a primeira vez que vejo o mar. Nunca tive a oportunidade, pois sempre dediquei meu tempo ao marido e família, mas nunca é tarde para conhecer o que é bom,” diz Maria Helena Cardoso, 58 anos, da cidade de Pratânia, localizada a 370 quilômetros de São Paulo.

Como parte integrante do Programa São Paulo Amigo do Idoso, do Governo de São Paulo, a Secretaria de Turismo lançou também o programa Melhor Viagem SP, que possibilita aos cidadãos com idade a partir de 60 anos (residentes em cidades com até 30 mil habitantes) a oportunidade de viajar para destinos turísticos paulistas. As viagens duram quatro dias, de segunda a sexta-feira. Na maioria, são pessoas que viajam pela primeira vez.

Os viajantes da Melhor Idade ficam hospedados durante a baixa temporada (março a junho e agosto a novembro) em colônias vinculadas a entidades de classe que normalmente têm baixa procura nesses períodos. Os destinos são cidades do interior e praia.

Maria Luiza Feliciano, 55 anos, de Espírito Santo do Turvo, comemora. “Fiquei viúva há pouco tempo e estava meio sem rumo. Soube do projeto e me inscrevi, apesar de não ter dinheiro para as despesas. Com o programa conseguiu realizar o meu sonho de vir para o litoral pela primeira vez”. As despesas com diárias com pensão completa (café, almoço e jantar) são custeadas pelo Governo estadual. As atividades de lazer e entretenimento realizadas durante as viagens também são patrocinadas pelo Governo. Os municípios ou entidades são responsáveis pelos custos de transporte.

Alexandra da Silva, da Secretaria Municipal de Turismo de Praia Grande, estava emocionada. “Eles olham aqui da praia, vão tomando confiança e chegam na beiradinha do mar. Alguns choram de emoção porque é a única oportunidade que tiveram na vida para ver o mar e a praia. Até agora não houve nenhum incidente”.

Vovozinhas funkeiras

Angelina Zucchero, 81 anos, 4 filhos, 9 netos e 4 bisnetos, esbanjava alegria. Ela e dona Antonia Pereira, 80, mostraram que o funk não é somente para as “gatinhas”. Sob o som do pancadão, elas acompanharam direitinho os passos da Tia Kika e do Tio Bocão da Equipe Birutas, responsável pelo entretenimento do grupo.

“Com eles, eu aprendi a viver. Eles dançam todos os ritmos musicais: de bolero, passando pelo kuduro (ritmo angolano) e caem no funk. Fora da praia, adoram participar de gincanas e têm fôlego para dar e vender”, diz Carolina Marco, a Tia Kika.

Para não esquecer os momentos felizes, os participantes ganham de lembrança um porta-retrato com fotos de todos os integrantes e um travesseiro de bordo.

Da Agência Imprensa Oficial