IPT recebe Prêmio CAPES de Tese por processo inovador

Criado em 2005, Prêmio reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 49 áreas do conhecimento

dom, 23/12/2018 - 12h37 | Do Portal do Governo

A integrante do programa Novos Talentos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Tatiana Scarazzato, é a autora de uma das 49 teses defendidas em 2017 e premiadas na 13ª edição do Prêmio CAPES de Tese. Criado em 2005, o Prêmio reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 49 áreas do conhecimento.

Doutora em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (USP), Tatiana participou do programa do IPT entre 2014 e 2017, sob coorientação da pesquisadora Zehbour Panossian, atualmente diretora-presidente do Instituto.

Com o título ‘Tratamento de uma solução de um banho de eletrodeposição de cobre isento de cianeto por eletrodiálise: estudo do transporte iônico e avaliação da recuperação da água e de insumos’, a tese traz um estudo de um banho de cobre alternativo à indústria, isento de cianeto, buscando a viabilidade econômica e técnica para a realização do processo.

O objetivo, concretizado, foi a recuperação de água e de matérias-primas em um sistema fechado, reduzindo a geração de efluentes e economizando recursos naturais.

Com o ponto de partida a tecnologia desenvolvida no IPT, que oferece uma técnica de banho de cobre toque alcalino isento de cianetos. O banho de cobre é uma das técnicas utilizadas na indústria para auxiliar a proteção à corrosão de produtos feitos de zamac, liga formada pela junção de zinco, alumínio, magnésio e cobre utilizada na produção de peças que necessitam de baixa resistência mecânica, como maçanetas e torneiras. O Instituto tem um depósito de patente pela técnica desenvolvida.

“O trabalho da Tatiana buscou desenvolver esse processo de tratamento, permitindo a adoção de banhos sem cianeto, com o composto orgânico atóxico, dentro do conceito de economia circular: o efluente tratado volta para o início do processo”, explica Zehbour Panossian diretora-presidente do IPT.

Para Tatiana, a pesquisa atuou em frentes importantes para o avanço tecnológico da indústria. “Desenvolver a pesquisa sob coorientação do IPT foi fundamental para compreender e conectar as necessidades da ciência e da indústria. Ter acesso à estrutura física, à experiência e ao conhecimento da equipe do Instituto foi um diferencial para o resultado que, juntos, atingimos”, completa.