Jornal da Tarde
Os visitantes do serpentário do Instituto Butantan, na Zona Oeste, poderão, a partir de hoje, tocar nas cobras e até mesmo colocá-las no colo. A atividade é gratuita e acontecerá durante todas as quintas-feiras do mês, sempre às 14h30. O serpentário abre diariamente, das 9h às 18h, e lá as cobras circulam livres em um fosso, sem oferecer perigo ao visitante.
‘As pessoas ficam muito curiosas em saber se a cobra é gelada, o que ela come. É um programa de educação. Agora, elas poderão se aproximar mais do animal, tirar dúvidas e até tocar. O que queremos é fazer com que as pessoas percam o medo e o receio de tocar no animal’, disse o biólogo do Instituto Butantan Jorge Henrique Nicareta.
As espécies que serão levadas aos visitantes chamam-se Oxyrhopus guibei e Sibynomorphus mikanii. Trata-se, respectivamente, de uma falsa coral e de uma cobra dormideira. ‘São animais não peçonhentos e inofensivos’, garantiu Nicarata. A falsa coral, segundo o biólogo, é um animal venenoso que pode atingir até 1,5 metro de comprimento. ‘Mas, os dentes dela são nos fundos e, para o veneno entrar no corpo, ela precisa mastigar e não apenas morder parte do corpo’. A cobra normalmente vive na Mata Atlântica e, quando jovem, se alimenta de lagartos. Na vida adulta come roedores.
Já a dormideira oferece menos rico por não ser venenosa, de acordo com Nicarata. Ele contou que ela tem esse nome porque passa a maior parte do dia enrolada. ‘E parece que ela está dormindo’.É muito parecida com as jararacas, mas só se alimenta de lesmas.
O Instituto Butantan fica na Avenida Vital Brasil, 1.500, no Butantã, Zona Oeste.
