Violência diminui 36% ao redor de escolas estaduais

Diário de S. Paulo - Quarta-feira, 17 de agosto de 2005

qua, 17/08/2005 - 11h10 | Do Portal do Governo

Segundo pesquisa da Secretaria Estadual de Educação, motivo é implantação de programa que abre escolas durante os fins de semana

Bartira Betini

Na vizinhança das escolas estaduais, os índices gerais de violência foram reduzidos em 36%, segundo pesquisa da Secretaria Estadual de Educação. A razão, segundo o levantamento, é a implantação do programa Escola da Família, que abre as 5.306 escolas estaduais de São Paulo para atividades culturais e esportivas todos os finais de semana.

A secretaria acompanhou a mudança pelas ocorrências regjstradas nas Delegacias de Ensino do estado. O DIÁRIO conversou com a vizinhança de quatro escolas estaduais na Zona Norte de São Paulo e os moradores confirmaram que os índices gerais de violência brigas na porta das escolas, alunos com droga, agressões físicas e outros casos de agressão contra a escola e comunidade – diminuíram.

‘Aqui já foi muito violento, mas agora é raro presenciar uma confusão na saída da escola’, disse o comerciante Luiz Carlos Grisóstimo, 26 anos, que tem um mercadinho na esquina da escola estadual Genésio de Almeida Moura, no Jardim Damasceno.

O mecânico Genival Bezerra da Rocha, 44 anos, tem uma filha de 11 anos na escola estadual Tito Prates, na Vila Nova Cachoeirinha. “Você não encontra uma criança na rua no fim de semana’, disse. A comerciante Vanderléia Nogueira, 32 anos, contou que a ronda escolar ajudou a controlar brigas no horário de saída na escola estadual Jornalista Carlos Laoorda, na Vila Zatt. ‘Pelo menos uma viatura por período passa aqui.’

Os dados mostram que desde o começo do programa – 23 de agosto de 2003 – as depredações caíram em 34,6%; pichações, 35,3%; e invasões por grupos que praticavam o vandalismo, 37,2% .

Os furtos caíram 45,5% e o porte ilegal de arma, 38,1%. ‘O portão da escola fica aberto nos finais de semana e ninguém invade nem destrói nada. Pode ver o muro, está branco’, diz o pedreiro Izanildo Vitalino, 42 anos, vizinho da escola estadual Renato de Arruda Penteado, no Carunbé.