Villa-Lobos será 1º parque adaptado

Folha de S. Paulo - Quarta-feira, 18 de agosto de 2004

qui, 19/08/2004 - 9h06 | Do Portal do Governo

AMARÍLIS LAGE, DA REPORTAGEM LOCAL

Rampas, telefones para deficientes auditivos e mapas táteis são alguns dos dispositivos que tornarão o Villa-Lobos (zona oeste) o primeiro parque de São Paulo completamente adaptado para pessoas com deficiências físicas.

As obras de requalificação do parque começaram no dia 14 de julho e a primeira fase será inaugurada no próximo dia 29, às 11h, com a apresentação da orquestra do maestro Diogo Pacheco e do violonista Turíbio Santos, que é diretor do museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. No repertório, obras do compositor carioca que dá nome ao parque.

Toda a área será acessível a deficientes, de modo que eles não precisem de ajuda para se locomover ou se localizar, segundo o administrador Flávio Scavazin. Nos banheiros, haverá adaptações para usuários de cadeiras de rodas. Deficientes auditivos terão telefones especiais. A fundação Dorina Nowill, que trabalha com deficientes visuais, participou da elaboração de mapas em braile e de marcações padronizadas no solo, que indicam a localização do visitante.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que administra o Villa-Lobos, disse não ter outro parque na cidade com todas essas adaptações. Nos parques municipais elas também estão ausentes, segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que promete, porém, incluir a preocupação com a acessibilidade nos cinco parques que pretende inaugurar neste ano.

A primeira fase do projeto de revitalização do Villa-Lobos inclui, além das mudanças para deficientes físicos, a substituição e manutenção de brinquedos e bancos, construção de um sistema de drenagem, reformulação de placas e mapas, instalação de bebedouros e recuperação nas pistas: são 1.500 km de ciclovia e 2.400 km de pistas para caminhada.

Ao todo, serão investidos R$ 3,5 milhões no projeto, dos quais R$ 600 mil já foram gastos, segundo a Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), que patrocina a obra.
Segundo a administração do parque, para o ano que vem está prevista a criação de 400 novas vagas no estacionamento do parque, que atualmente tem capacidade para abrigar 750 carros.

A segunda fase do projeto também está prevista para o ano que vem e é ambiciosa: ela prevê a recuperação de 350 mil m2 do parque que hoje estão fechados ao público. A área quase equivale ao espaço atualmente utilizado, de aproximadamente 400 mil m2.

Segundo a administração do parque, essa área tinha uma infra-estrutura precária e está isolada desde 2000, por questão de segurança. O projeto a ser adotado, porém, ainda está em discussão, e não há previsão de quando essa área será aberta ao público.