Roberta Nomura
Especial para o Diário
Quem pretende viajar para as regiões Norte e Centro-Oeste do país nas férias de julho deve tomar a vacina contra febre amarela. O alerta é feito pela Secretaria Estadual da Saúde que decidiu reforçar a vacinação gratuita nas próximas semanas. O objetivo é imunizar pessoas que irão visitar áreas onde há risco de se contrair a doença.
A coordenadora técnica da divisão de imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Helena Sato, explica que cerca de 40% das pessoas que manifestam os sintomas da doença podem morrer. “A vacinação é muito importante porque não existe remédio para matar o vírus. A melhor maneira é prevenir”, enfatiza. A população infectada apresenta febre alta, dor de cabeça e lombar, náuseas, vômitos e calafrios.
O alerta é feito para quem vai visitar áreas consideradas de risco. Nas áreas urbanas, não há registros da doença há anos. “A febre amarela que existe é a silvestre, provocada pelo mosquito chamado hemagogo”, diz Helena. A única forma de transmissão do vírus Flavivírus, causador da febre amarela, é com a picada do mosquito. Os Estados mais perigosos são Goiás, Tocantins, Rondônia, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A vacina começa a fazer efeito dez dias após a aplicação, e imuniza a pessoa por dez anos. Não há riscos de reações graves. “Apenas 5% dos que tomam a vacina podem ter febre ou dores de cabeça a partir do quarto ou quinto dia”, conta a técnica da saúde. Helena explica que a única contra-indicação é para quem faz tratamentos de quimio ou radioterapia, pessoas com o sistema imunológico mais frágil.
Todo período que antecede as férias, a Secretaria Estadual de Saúde tenta conscientizar a população da importância da vacina. “Não há aumento na quantidade das doses. Só campanha mesmo. Mas se houver crescimento na demanda, temos material disponível”, garante Helena. As vacinas são enviadas aos municípios de acordo com as necessidades de cada cidade.
“Fazemos uma chamada especial para quem vai fazer turismo ou praticar esportes, porque as pessoas acham que só os pescadores, caminhoneiros e agricultores pegam a febre amarela. É importante ter férias saudáveis”, diz Helena.
Estado – Os dois últimos casos de febre amarela registrados no Estado de São Paulo ocorreram em 2000. Mesmo assim, Helena afirma que é preciso tomar cuidados na hora de escolher o destino da viagem. “Quem for para áreas próximas ao Rio Grande (divisa de São Paulo com Minas Gerais) também deve se prevenir”, diz.
