Universidades suecas definem linha de cooperação com SP

Gazeta Mercantil - Segunda-feira, 20 de outubro de 2008

seg, 20/10/2008 - 11h30 | Do Portal do Governo

Gazeta Mercantil

O desenvolvimento sustentável da cidade de São Paulo poderá ganhar um impulso com a experiência da Suécia em energia, urbanismo, transportes, gerenciamento de lixo e saneamento. A capital paulista integra a lista de 12 cidades escolhidas pelos suecos para intercâmbio de políticas públicas e tecnologia. A troca de experiências entre os dois países permitirá viabilizar intervenções estratégicas capazes de introduzir melhorias no espaço urbano.

A presença da indústria sueca em São Paulo é significativa, segundo Barry Bystedt, cônsul-geral da Suécia. Esta relação de negócios coloca o município como um dos mais importantes pólos de concentração de companhias do país e a credenciou a figurar na relação de cidades como Nova York, Beijing, Shanghai, Tóquio, Moscou, Bombaim, Berlim, Londres, Paris, Washington e Los Angeles que integram o programa.

Cooperação

A cooperação efetiva entre os dois países será deflagrada com a realização do 1 Congresso Brasil-Suécia de Sustentabilidade marcado para os dias 24 e 25 de março. O encontro terá, em paralelo, a SymbioCity – Sustaintability by Sweden, feira de negócios de empresas suecas de tecnologia sustentável. Os temas a serem discutidos neste encontro serão definidos hoje em um encontro preparatório que será realizado na Câmara de Comércio Suecobrasileira com a participação de 10 professores de universidades da Suécia e 10 convidados de universidades brasileiras e representantes da Prefeitura de São Paulo.

Universidades

As questões relativas a mudanças climáticas, planejamento, densidade urbana, problemas de moradia, meio ambiente, desenvolvimento do espaço urbano serão debatidos por professores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Mackenzie, Unicamp e Fundação Getulio Vargas (FGV) com especialistas da Blekinge Institute of Technology (BTH), Chalmers University of Technology, Royal Institute of Technology (KTH) e Swedish University of Agricultural Sciences (SLU).

De acordo com Bystedt, o intercâmbio não se resumirá a transferência de tecnologia sueca no gerenciamento das atividades urbanas e integração social. A Suécia já realizou encontros semelhantes na Ásia e na África e os projetos desenvolvidos nestes continentes também podem ser úteis para a capital paulista. “O grande resultado que esperamos é estabelecer estratégias governamentais para a sociedade”, afirma o cônsul.

Melhores práticas

Para o Bystedt, este programa poderá também intensificar o intercâmbio entre o meio acadêmico dos dois países. A Suécia pretende identificar interesses e estabelecer um cronograma de prioridades a serem abordadas no SymbioCity. “O perfil do encontro é apresentar as melhores práticas do mundo para serem implementadas”, comenta.