O Estado de S.Paulo
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem durante a inauguração da fábrica de vacina contra a gripe do Instituto Butantã, em São Paulo, que pretende ajudar na construção das fábricas de hemoderivados e da vacina contra o rotavírus da entidade, ligada ao governo estadual. Ontem, o Estado adiantou que, até 2009, os dois novos centros do governo paulista estarão em funcionamento, o que tornará o País auto-suficiente na produção desses itens.
De acordo com Temporão, o projeto não é incompatível com a instalação da fábrica nacional de hemoderivados, a Hemobrás, em Pernambuco. “A Hemobrás só irá atender a 40% da demanda nacional e só ficará pronta daqui a três anos”, disse. “Hoje, o Brasil envia plasma para laboratórios estrangeiros para ser fracionado e depois compra de volta. Com isso, gasta US$ 280 milhões.”
PATENTE
Sobre a intenção do governo brasileiro de quebrar a patente do anti-retroviral Efavirenz, do laboratório Merck, Temporão reafirmou que a medida visa à sustentabilidade do Programa Nacional de DST-Aids. “O decreto do presidente Lula será publicado na quarta-feira caso não haja uma proposta aceitável do laboratório.” O governo quer pagar US$ 0,65 por unidade. Hoje, paga US$ 1,65.
