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A Universidade Estadual Paulista Unesp estuda criar vagas nos cursos de graduação exclusivas para estudantes das escolas públicas. Seria uma espécie de programa de cotas, só que com novas cadeiras, que ainda precisam ser criadas. A informação é da pró-reitora de Graduação da universidade, Sheila Zambello de Pinho.
O projeto deve ser apresentado na manhã desta quinta-feira, 25, em reunião do Conselho Universitário da instituição. No entanto, de acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, o projeto só será debatido e votado em dezembro.
“A proposta está baseada na proporção de candidatos que prestam o vestibular e na dos que conseguem entrar na universidade”, explica a pró-reitora. “Existe uma diferença nessa proporção. A porcentagem de alunos da rede pública que consegue entrar é menor do que a dos que prestam. Então, a idéia é criar novas vagas com o objetivo de igualar esse índice”, afirma Sheila.
Segundo a pró-reitora, os custos da expansão ainda precisam ser avaliados pelas comissões de finanças de cada unidade. E é isso o que cada faculdade deve fazer após a apresentação. “Pretendemos ampliar em praticamente 10% sobre o total das vagas oferecidas no vestibular”, diz Sheila.
O aumento do número de vagas em cada curso ainda não foi definido e deverá variar conforme as possibilidades do instituto que o oferece –e também conforme a proporção de ingressantes da rede pública. “A ampliação não tem de ser feita toda no próximo ano. É possível escalonar para que a universidade absorva os custos”.
De acordo com Sheila, já foi deliberação do Conselho Universitário ampliar para 50% dos ingressantes a proporção de alunos oriundos da rede pública. Pelos dados da Fundação Vunesp, que realiza o vestibular da universidade, cerca de 35% dos estudantes que se matriculam anualmente após o processo de seleção estudaram em colégios públicos.
