Folha de S.Paulo
O vestibular da Unesp, que começa no próximo domingo, tem algumas mudanças em relação ao ano passado.
As questões interdisciplinares, que representavam 10% da prova no processo seletivo anterior, passarão a ocupar de 15% a 20%. “O mesmo texto de apoio pode alimentar algumas questões”, explica Fernando Prado, diretor acadêmico da Vunesp (Fundação para o Vestibular da Unesp).
No primeiro dia, são 84 testes de conhecimentos gerais sobre as disciplinas do ensino médio.
Nas questões discursivas de conhecimentos específicos, pedidas no segundo dia de prova, foram eliminados os itens. “O resultado do modelo usado em 2006, sem a divisão em itens (a) e (b), foi positivo, porque os alunos ficaram mais à vontade para responder às questões e as notas subiram”, avalia Prado.
O diretor da Unesp ressalta que continua valendo a nota parcial de correção da questão.
No terceiro dia, há questões discursivas de língua portuguesa e uma redação. No caso da redação, são dados de dois a quatro trechos de textos, não muito longos, com pensamentos convergentes e contrários, nos quais os vestibulandos devem se inspirar para escrever.
“É muito importante que a conclusão seja coerente com os argumentos usados”, afirma Prado. Os temas variam de ano a ano, mas é possível ter uma idéia da natureza do tema e do grau de profundidade pedidos ao olhar provas anteriores no link “Vestibulares encerrados” do site www.vunesp.com.br.
Com uma média de 14,6 candidatos por vaga, o vestibular da Unesp irá reunir mais de 91 mil candidatos que farão as provas em 141 locais diferentes, distribuídos em 30 cidades paulistas. Estão em disputa 6.244 vagas em 151 cursos em 17 campi universitários.
Acertos
Na avaliação de Luís Ricardo Arruda, coordenador da unidade João Dias do Anglo, a prova de conhecimentos gerais da Unesp costuma ser mais fácil do que a da Fuvest. “Isso representa um problema porque todo muito vai bem.”
“Por ser simples, é preciso ter muitos acertos para se diferenciar”, concorda Edmilson Motta, coordenador do Etapa. Levantamento realizado pelo cursinho com números dos últimos anos aponta, por exemplo, que os candidatos de medicina, com 119,6 c/v, devem acertar 72 das 84 questões.
Segundo Motta, a estratégia é começar pela disciplina que o estudante tiver mais facilidade. “É preciso optar pela disciplina e tentar fazer todas as questões de uma vez e pular somente as realmente complicadas.”
A candidata de medicina Carolina Oliva Santos, 18, tenta manter a tranqüilidade apesar da grande concorrência. “O ritmo de estudo tem sido intenso, mas vai valer a pena.”
