Banda Sinfônica, Orquestra da USP e homenagem a Luciano Berio são as opções
JOÃO LUIZ SAMPAIO
Um programa dedicada à música contemporânea, homenagem ao autor Luciano Berio, morto em 27 de maio do ano passado; a estréia do Concerto n.º 2, para violão e orquestra, do brasileiro Alexandre de Faria; Massenet, Puccini e Liszt na regência do húngaro Laszlo Marosi, convidado desta semana da Banda Sinfônica do Estado. Três destaques da programação erudita no meio da semana.
Luciano Berio foi autor de algumas das principais obras do século 20, como Thema ou sua Sinfonia, alardeada por muitos como a grande obra orquestral da segunda metade do século 20 – a peça foi ouvida aqui há dois anos na interpretação da Osesp: o própriocompositor regeria o concerto, mas, por motivo de doença, precisou cancelar a viagem.
Para relembrar sua música e a influência que ela teve em muitos outros compositores, o programa Luciano Berio: In Memoriam, hoje e amanhã, vai reunir o percussionista Joaquim Abreu, o clarinetista Paulo Passos, com participações especiais da soprano Andrea Kaiser e o do compositor Flô Menezes, um dos principais conhecedores brasileiros quando o assunto é a obra de Berio. O programa será composto por: Paisaje Cubano con Ritual, do cubano Leo Brouwer, Chronos IV, de Robero Victório, Imagens, de Ronaldo Miranda, Sequenza IX e Sequenza III, de Berio, e Colores – Phila: In Praesentia, de Flô Menezes.
Já na Sala São Paulo, a atração é o encontro da Sinfônica de USP, que vem galgando espaço cada vez maior na nossa temporada, com um dos grandes violonistas da atualidade, o brasileiro Fábio Zanon. O programa tem como destaque o Concerto n.º 2, Mikulov, de Alexandre de Faria, obra encomendada pelo próprio Zanon. Completam a apresentação, sempre com a regência de Carlos Moreno, titular da sinfônica, a Abertura Coriolano, de Beethoven, e a Suíte para Orquestra de Cordas, de Villa-Lobos.
Outra atração deste meio de semana movimentado é a nova visita do regente húngaro Laszlo Marosi. Ele rege hoje a Banda Sinfônica do Estado – o trabalho com esse tipo de conjunto tem sido a tônica de sua carreira. Na apresentação, que ocorre no Teatro Sérgio Cardoso, a casa do grupo, dirigido por Abel Rocha, Marosi vai reger um concerto eclético, que tem como solista o saxofonista Marcos Pedroso. No programa, The Witche’s Sabbath (Puccini), Rapsódia Húngara n.º 1 (Liszt), Meditação de Taís (Massenet) e Short Ride on a Fast Machine (Adam), entre outras peças.
