Um ano promovendo a inclusão social

Jornal da Tarde - Terça-feira, 25 de outubro de 2005

ter, 25/10/2005 - 11h38 | Do Portal do Governo

Arnaldo Madeira

Além de reunir serviços de diversas esferas de governo, o Poupatempo também serve como exemplo de união de esforços para o bem comumArnaldo MadeiraHá um ano, foi lançado o posto móvel do Poupatempo, uma carreta equipada com computadores que percorre os bairros mais afastados da Grande São Paulo oferecendo os serviços mais procurados nos postos fixos a uma população que muitas vezes é excluída de seus direitos básicos como cidadão por não ter recursos para se locomover até um posto fixo.

A carreta esteve em 30 bairros, onde foram prestados mais de 450 mil atendimentos. Foram emitidos mais de 105 mil RGs, 27 mil carteiras de trabalho, quase 30 mil CPFs e mais de 15 mil Atestados de Antecedentes Criminais. Esses documentos são o primeiro passo para que uma pessoa tenha condições de, pelo menos, procurar um emprego.

A idéia da criação de um posto móvel surgiu da necessidade de atender a uma demanda reprimida constituída por uma parcela carente da população. Enquanto nos postos fixos o público é composto por diferentes faixas da população, aquele que comparece ao móvel é caracterizado por uma população de baixa renda. São idosos, desempregados e crianças que têm, no posto móvel, a oportunidade de ter acesso aos serviços prestados pelo Estado.

Assim como nos postos fixos, no móvel o Padrão Poupatempo de Qualidade é mantido e o cidadão é tratado como cidadão, colocando em prática o artigo 5º da Constituição brasileira, muitas vezes desrespeitado. Dentro das possibilidades desse modelo, o cidadão recebe um tratamento digno seja para obtenção de um serviço ou de uma informação.

A demanda no posto móvel não pode ser comparada à dos fixos, primeiramente porque o número de serviços disponíveis é menor. Mas o volume de pessoas que procuram o posto é superior à sua capacidade. Inicialmente a carreta permanecia uma semana em cada bairro, mas por causa do grande número de pessoas que deixavam de ser atendidas o prazo foi estendido para duas semanas. As localidades de Osasco, Sapopemba, Carapicuíba, Cotia e Jaguaré foram as que tiveram maior afluxo de pessoas, registrando, cada uma, mais de 20 mil atendimentos.

Além de reunir serviços de diversas esferas de governo, o Poupatempo também serve como exemplo de união de esforços para o bem comum. E, nesse caso, o posto móvel é, talvez, o melhor exemplo. Nesse um ano de existência, há de ressaltar a importância do apoio recebido de prefeituras, administrações regionais, câmaras municipais, redes de supermercados e associações de moradores. Além de fornecer suporte em energia, água, sanitários para o uso do público, ainda ofereceram refeições a baixo custo para os funcionários e ajudaram na divulgação do serviço.

O sucesso da experiência resultou na determinação do governador Geraldo Alckmin em implantar, no próximo ano, mais dois postos móveis na Região Metropolitana e quatro no interior. Os postos fixos também serão ampliados. Já foram incluídos, nos orçamento de 2006, recursos para instalação de mais seis postos fixos, sendo mais um na Capital, um na região metropolitana, um em Santos e três no interior. A estimativa é que, até o final do próximo ano, o número de postos passe dos 11 atuais para 23. Todo esse esforço visa a atender a expectativa da população para ampliação do serviço, que recebe 98% de aprovação.

Arnaldo Madeira é secretário-chefe da Casa Civil
do governo de São Paulo e deputado federal
pelo PSDB-SP (licenciado)