Três avaliações vêm aí

Jornal da Tarde Novembro será um mês de avaliações nas escolas da rede pública de ensino de São Paulo. E o JT traz detalhes dos três exames que serão aplicados: […]

sex, 07/09/2007 - 15h47 | Do Portal do Governo

Jornal da Tarde

Novembro será um mês de avaliações nas escolas da rede pública de ensino de São Paulo. E o JT traz detalhes dos três exames que serão aplicados: o novo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saresp), cujos resultados passam a ter impacto nas políticas de remuneração dos funcionários das escolas estaduais a partir de 2008; a Prova Brasil 2007, que agora engloba parte do antigo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb); e a Prova São Paulo, primeira edição do sistema de avaliação dos alunos da rede municipal de ensino.

A secretária de Educação do Estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, ao assumir a pasta em julho, anunciou algumas alterações a serem feitas no novo Saresp (veja quadro ao lado). ‘Até então, a matriz curricular do Saresp não permitia comparabilidade com os exames aplicados pelo Ministério da Educação (MEC). Houve escolas que fizeram as duas avaliações e tiveram resultados bem diferentes. Agora, a matriz do Saresp não será igual, mas terá pontos de convergência com a matriz curricular do Saeb’, explica.

Com isso, afirma Maria Helena, será mais fácil comparar o desempenho das escolas do Estado com as instituições de ensino de todo o País. ‘A comparabilidade é importante para melhorar o diagnóstico de cada escola’, ressalta.

O Saresp 2005, por exemplo, mostrou dados críticos. Um deles foi que apenas 44% dos alunos das escolas estaduais de 8ª série souberam responder quantas diagonais tem um quadrado. ‘Estamos elaborando um conjunto de ações para melhorar esses resultados, com ênfase nos programas de recuperação de aprendizagem, que até hoje apenas existiam no papel’, diz Maria Helena.

Entre elas está a implantação de um programa de recuperação de aprendizagem para as turmas de 1º e 3º ano do ensino médio. ‘O programa será realizado por entidades parceiras, como universidades e ONGs. Vamos oferecer reforço para os alunos no contraturno escolar.’

A partir deste ano, todas as escolas da rede estadual de ensino também passam a fazer parte da Prova Brasil. Em 2005, São Paulo foi o único estado brasileiro que optou por participar apenas do exame por amostragem. ‘As avaliações externas são muito importantes. O objetivo delas não é punir as escolas com baixo desempenho, mas servirem de ferramenta de apoio’, conclui a secretária.

A nova Prova Brasil

Segundo Amaury Gremaud, diretor de avaliação básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a Prova Brasil 2005 foi um grande avanço, pois pela primeira vez foi possível obter resultados por escola. No entanto, o especialista explica que a edição 2007 do exame traz mudanças para que se aumente o número de escolas participantes (veja ao lado).

A Prova Brasil 2007 passa a englobar parte do antigo Saeb. ‘Em 2005 aplicamos duas provas e tivemos casos de escolas públicas urbanas que caíram no sorteio da aplicação por amostra do Saeb e acabaram fazendo as duas avaliações. Com as mudanças, isso não vai acontecer.’

Na Capital

O secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, faz questão de ressaltar que a Prova São Paulo será bem diferente das demais já existentes. ‘A prioridade é oferecer às escolas um diagnóstico dos alunos, para que as equipes pedagógicas possam utilizá-lo na elaboração de seus projetos pedagógicos.’

O processo democrático da elaboração da prova também foi destacado. ‘Além da participação direta de 150 professores, uma versão prévia foi enviada a todas as escolas da rede, que deram sugestões – muitas já foram acatadas.’