Trabalho e riscos para manter a água

ValeParaibano - São José dos Campos - Terça-feira, 27 de julho de 2004

ter, 27/07/2004 - 9h46 | Do Portal do Governo

Equipe da Sabesp tem de garantir fornecimento 365 dias no ano; manutenção na rua enfrenta obstáculos

Você pode tirar férias, ir viajar, ou descansar nos diversos feriados proporcionados pelo nosso calendário (como hoje, por exemplo), mas os sistemas de água e esgotos não param. Eles funcionam 24 horas, 365 dias no ano. Para isso existe toda uma equipe trabalhando para que o cidadão joseense não precise lembrar deles.

O engenheiro Gustavo Bahia, gerente do setor de Produção da Sabesp de São José, alerta para importância da população no seu trabalho. ‘Eles nos ajudam muito pelo serviço telefônico 195. Vêem vazamentos que não conseguimos detectar’, diz. ‘Com esse tipo de informação, resolvemos logo o problema sem precisar interromper o fluxo de água.’

É no Centro de Controle Operacional (CCO), que cobre os mais de 1.100 quilômetros de rede de águas e adutoras, que os problemas são identificados e passados para a equipe de manutenção.

Alexandre Barbosa é o programador da equipe de manutenção de água e esgoto – o time dos homens que enfrentam as adversidades para fazerem o serviço nas ruas. ‘Encontramos dificuldades no trânsito, porque dependendo da localização atrapalha muito e também resistências nas casas.’

Os empecilhos vão desde a negativa dos moradores para quebrar os pisos e calçadas, até o problema mais comum enfrentado pelos carteiros. os cachorros. ‘Certa vez fui limpar uma caixa de esgoto numa casa e a caixa ficava no espaço da casinha do cachorro’, lembra o funcionário Jorge Augusto. ‘A mulher da casa até que tentou trancar o portão que dava acesso àquele espaço, mas o cão, um Fila, abriu o portão e partiu pra cima de mim. Escapei por pouco.’

Osmar Cinquini, também da equipe de manutenção, relembra uma situação inusitada que viveu. ‘Tínhamos que quebrar um piso numa casa, lá no bairro do Alto da Ponte, para reparar um vazamento, mas a moça disse que era um piso especial. E a cada marretada que dávamos no piso ela gritava e colocava a mão no coração.’

Quem também sofre no dia-a-dia são os leitoristas, aquelas pessoas que passam para medir quanto o cidadão consumiu de água. Alguns já foram ameaçados até de levar tiros se adentrassem a casa. ‘Sabemos que a população tem medo de estranhos. Mas nossos homens estão sempre uniformizados e devidamente credenciados’, diz Barbosa.