DA REDAÇÃO
A Hidrovia Tietê-Paraná movimenta quatro milhões de toneladas de produtos ao ano. No entanto, o diretor do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, Osvaldo Rosseto, declara que há capacidade para o transporte de até 20 milhões de toneladas ao ano. O sistema hidroviário Tietê-Paraná possui 2.400 quilômetros de vias navegáveis de Piracicaba e Conchas (ambos em São Paulo) até Goiás e Minas Gerais (ao norte) e Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai (ao sul). De acordo com a Secretaria de Estado dos Transportes, ela liga cinco dos maiores estados produtores de soja do País e é considerada a “hidrovia do Mercosul”.
Conforme explica Rosseto, está ocorrendo um aumento na movimentação de cargas na ordem de 12% a 15% ao ano o que prova que existe a demanda. “Os principais produtos transportados são a soja, em farelo e óleo, a cana-de-açúcar e a madeira”.
Dos 2.400 km, 1.600 km são de vias principais e os outros 800 km são de vias secundários. No total, existem dez eclusas e oito barragens.
Em seu trecho paulista, a hidrovia Tietê-Paraná possui 800 quilômetros de vias navegáveis, dez reservatórios, dez barragens, 23 pontes, 19 estaleiros e 30 terminais intermodais de cargas. Sua infra-estrutura transformou o modal em uma alternativa econômica para o transporte de cargas, além de propiciar o reordenamento da matriz de transportes da região centro-oeste do Estado, conforme a Secretaria de Transportes.
Rosseto relata que os reservatórios são livres, o que significa que variados tipos de embarcação podem transitar na hidrovia. “Temos uma população muito grande de embarcações. Mas, como estamos focados na navegação comercial, ela está concentrada nos empurradores e barcaças, que são barcos grandes que possuem esta finalidade”. (PV)
