Técnica utilizada no Hospital Estadual Vila Alpina mantém a criança aquecida para diminuir estresse
Se o bebê chora muito e não se acalma nem no colo da mãe, os médicos do Hospital Estadual Vila Alpina, na Zona Leste, já conhecem a fórmula para diminuir esse estresse. Desde o ano passado, os especialistas usam o banho de imersão, uma espécie de terapia do ofurô, para acalmar a criança. A técnica é simples e funciona em grande parte dos bebês.
Segundo Carlos Eduardo Correa, coordenador da Neonatologia do hospital, os banhos de imersão são usados para manter a criança tranqüila e não precisam, necessariamente, ser feitos apenas no hospital. Os especialistas, aliás, costumam ensinar a técnica pra que as mães possam fazê-la diariamente em casa.
O banho de imersão é feito em uma banheira que se assemelha a um balde comum (e pode ser feito em um balde comum, embora a maioria das mães não goste muito da idéia). A água deve estar de 36ºC a 36,5ºC, temperatura que imita o líquido presente na barriga da mãe antes de nascer. A criança deve estar embrulhada em uma toalha e deve ser colocada na banheira enrolada no tecido.
De acordo com Correa, 20 minutos é o tempo ideal para manter a criança no banho de imersão. Segundo ele, não existe risco de aumento de pressão arterial (o que ocorre normalmente no banho de ofurô, em que a temperatura da água é bem mais elevada).
Recomendação
‘Percebemos uma dilatação dos vasos, mas sem riscos para o bebê’, explica. O banho não é recomendado para crianças que estejam doentes ou em tratamento médico. ‘Alguns bebês também não gostam da imersão e se irritam ainda mais’, explica Correa. ‘Os pais devem perceber isso porque, nesses casos, o banho não faz diferença alguma para a criança’.