SP terá R$ 5,7 bi para a casa própria

Jornal da Tarde - Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

sex, 22/02/2008 - 18h36 | Do Portal do Governo

Jornal da Tarde

A Caixa Econômica Federal vai colocar R$5,7 bilhões destinados dos clientes neste ano, no Estado de São Paulo, montante 11,76% maior que os R$5,1 bilhões destinados para esse fim em 2007. Mas a direção do banco acredita que a demanda pela compra da casa própria será superior e, portanto esse valor deverá ser ampliado até o fim do ano.

No início de 2007, a instituição financeira ofereceu aos consumidores cerca de R$3,5 bilhões. Porém, fechou o ano com a liberação de R$5,1 bilhões, somando recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), poupança e outras fontes. Ou seja, houve uma elevação de cerca de 45% no total aplicado em financiamentos.

O aumento de volumes de recursos para a compra da casa própria pode representar um grande benefício para o futuro mutuário. Com mais dinheiro no mercado, há uma tendência natural de que os bancos reduzam o tempo e a burocracia para a liberação do crédito. Além disso, há um forte aumento na concorrência entre as instituições financeiras dentro dessa modalidade de crédito, o que pode resultar em quedas nas taxas de juros.

A disputa no mercado, inclusive, é vista de forma positiva dentro da Caixa. O Banco do Brasil, outra instituição pública, pretende investir mais na linha de crédito imobiliário. “É bom para o país que se tenha mais agentes de financiamento. Mas pretendemos continuar na liderança do mercado”, disse o superintendente regional da Caixa, Augusto Bandeira Vargas.

Inadimplência em queda

Um dos motivos que levam a Caixa a apostar em melhoras no desempenho é a queda na taxa de inadimplência. Hoje, o não pagamento das prestações mensais atinge 4,2% dos mutuários. Em 2001, o índice chagava a 11%. “Pode-se passar aos clientes essa redução dos custos com inadimplência. Todas as condições do mercado são favoráveis”, afirmou o superintendente regional do banco.

Para 2008, o objetivo inicial pela Caixa é financiar a compra de 230 mil unidades em São Paulo com o montante de R$5,7 bilhões. Dos R$5,1 bilhões liberados pela Caixa em 2007, R$1,6 bilhão veio da poupança, R$2,37 bilhões do FGTS e o restante refere-se a aplicações de outros recursos. Em termos de unidades, foram financiadas 204.706 unidades residenciais, um número 97,14% superior ao do ano anterior, quando o banco liberou verba para aquisição de 103.835 casas e apartamentos.

De acordo com Vargas, 75% das contratações foram feitas por consumidores com renda mensal bruta de até cinco salários mínimos (R$1,9 mil). Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no ano passado, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), revela que há um déficit habitacional de 1,517 milhão de moradias no Estado de São Paulo, e essa defasagem está localizada sobretudo na região metropolitana.