O 34º Batalhão da Polícia Militar dedicado a fiscalizar o trânsito na capital, vai ganhar mais 40 bafômetros a partir de sexta-feira. Hoje, há 15 desses equipamentos. Com isso, mais locais vão ser incluídos na lista da Operação Direção Segura, realizada hoje das 22h às 5h, entre quinta e domingo. O aumento ocorre no mesmo momento em que o governo federal tornou mais duras as regras quem dirige após tomar bebida alcoólica.
Segundo o major Ricardo Fernandes, comandante do batalhão de 800 homens, o número de dias em que a operação ocorre pode ser ampliado. Iniciada em 2007, ela coloca barreiras policiais em locais badalados como Vila Madalena e Vila Olímpia (zona sul). O objetivo é coibir que quem bebeu dirija. No último final de semana, oito motoristas foram levados a distritos policiais por estarem bêbados.
“Nós vamos estender [a fiscalização] a mais focos de concentração”, diz Fernandes. Entre os locais prováveis estão a avenida Robert Kennedy -via da zona sul repleta de bares-, a região de Interlagos (zona sul) e a região de Tiquatira (zona leste). “Estamos concluindo o mapeamento para definir os locais”, diz.
Nem todos os equipamentos vão ser usados ao mesmo tempo. “Se colocarmos 50 bloqueios, a cidade pára”, diz o major. Em média, nos dias de operação, são utilizados entre dez e 12 bafômetros atualmente -os restantes vão para manutenção. A polícia poderá elevar número de bafômetros utilizados em cada bloqueio, o o que aumenta a capacidade de fiscalização.
Os 40 equipamentos pertencem à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e eram utilizados pelo CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) da Polícia Militar, extinto em 2002. Em 2007, ele foi reativado sob o nome de Programa de Policiamento de Trânsito. A CET não informou a razão de só agora os bafômetros estarem retornando às mãos da polícia. Os marronzinhos, fiscais da companhia, não os utilizam, embora segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) terem competência para fiscalizar o uso de bebida por motoristas desde que seja feito um convênio com o governo do Estado.
A nova legislação federal sobre trânsito que entrou em vigor na sexta-feira prevê prisão para quem dirija com seis decigramas ou mais de álcool por litro de sangue ou se o bafômetro apontar 0,3 mg ou mais por litro de ar.
“Antes, para levar (o motorista) para o DP, ele tinha de estar oferecendo perigo de trânsito”, diz Fernandes.
O limite de álcool para punição administrativa (multa, suspensão do direito de dirigir por um ano e apreensão do veículo) também caiu. Hoje são de dois decigramas por litro de sangue.
Antes, eram seis. Se o bafômetro apontar 0,1 mg por litro de ar, o motorista também poderá ser autuado.
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