Folha de S. Paulo
Com previsão de aumento de até 80% no movimento de algumas estradas paulistas durante o Carnaval, o governador José Serra (PSDB) anunciou ontem um pacote de medidas para diminuir o índice de acidentes.
Entre as medidas, está o aumento de 150% no efetivo da polícia rodoviária, que terá 2.200 homens, e bloqueios para motocicletas que serão montados ao longo dos pedágios e nos trechos de maior volume. Segundo Serra, os acidentes com motoqueiros subiram 32% no Carnaval de 2007 na comparação com 2006.
No ano passado, foram registrados 1.384 acidentes nas estradas estaduais no feriado carnavalesco, aumento de 8,5% em relação a 2006, com 933 vítimas, 20% a mais que no período anterior.
Para Serra, o teste do bafômetro deveria ser obrigatório para os motoristas. “O bafômetro deveria ser obrigatório. Quem bebe ameaça a própria vida e a dos outros”, disse.
Na Carvalho Pinto, ligação entre a capital e o litoral norte, o crescimento do tráfego foi de 70% no Natal/Ano Novo entre 2007 e 2006, muito acima do aumento de 23% da frota paulista, que hoje é de 16,4 milhões de carros, entre 2002 e 2007.
Nas rodovias que levam ao litoral e à região serrana, como a Rio-Santos, a Tamoios, a Mogi-Bertioga e a Raposo Tavares, a expectativa para o aumento do fluxo de carros neste Carnaval é de 80% em relação a 2007.
O crescimento é atribuído à coincidência do fim das férias escolares com o Carnaval.
Segundo a Secretaria dos Transportes, um dos principais problemas mecânicos é a “pane seca”, quando o carro pára nas rodovias por falta de combustível. Em 2006, houve 185 casos por dia. E 86% dos acidentes são provocados por mau comportamento no trânsito, como negligência ou imperícia.
Falta d’água
Serra prometeu ainda que não haverá falta d’água no litoral. No Ano Novo, paulistas tiveram desabastecimento em Itanhaém, São Sebastião e Praia Grande.
Segundo o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, que estava ao lado do governador, a empresa tem capacidade para fornecer até 17 milhões de litros de água tratada por dia para a região, ou 9 milhões de litros a mais que a média na baixa temporada.
