SP tem delegacia especializada

Diário de S. Paulo - Segunda-feira, 22 de agosto de 2005

seg, 22/08/2005 - 10h37 | Do Portal do Governo

São Paulo possui uma delegacia contra crimes eletrônicos desde outubro de 2001. Desde que foi criada, a delegacia instaurou 1.689 inquéritos policiais, 205 deles este ano. A maioria dos crimes registrados foram contra a honra (calúnia, injúria e difamação). Depois vêm os de pedof1lia, seguidos pelos de estelionato e furto.

Essa delegacia é ligada ao Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) da Policia Civil. O dele- gado titular Francisco Bandioli disse que até hoje mil dos casos recebidos foram esclarecidos. Ele explicou que os casos de fraudes são complicados, ainda mais para realizar um flagrante de quem os está pra- ticando o crime. ‘~ pessoa está escondida atrás da máquina. É necessário uma investigação minuciosa até acontecer a prisão.’ Mesmo sem divulgar quantas são, Bandioli afll’mou que várias pessoas já foram presas por cometer crimes eletrÔnicos. No nosso país não há uma lei que puna os hackers. ‘Por isso usamos a mesma punição do código penal. Por exemplo, se o hacker cometer um furto mediante fraude ele pode pegar de dois a oito anos de prisão’, disse o delegado.

Bandioli relaciona a pouca procura dos internautas pela delegacia de crimes eletrÔnicos para resolver fraudes ao fato de na maioria das vezes o próprio banco resolver o problema. ‘Mas o certo é procurar a policia, mesmo sendo ressarcido, porque aí temos como investigar e chegar ao infrator’, ressaltou.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que não divulga números referentes a fraudes on-line. O DIARIO procurou três instituições bancárias, que também informaram que não divulgam números referentes a pessoas lesadas por ataques de hackers. Essas instituições afIrmaram que, se uma ocorrência for comunicada pelo cliente, uma investigação é realizada. Sendo comprovada a fraude, o dinheiro é recolocado na conta da pessoa.