O Estado de S.Paulo
A economia de São Paulo está impulsionando todos os bons indicadores nacionais. No caso da produção industrial, o crescimento paulista no primeiro semestre esteve 56% acima da média nacional, o maior intervalo entre a expansão no Estado e a média do País na pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde o início da série, em 1992. Os dados paulistas também estão acima da média no emprego metropolitano, no emprego industrial e no comércio varejista.
A diversidade da economia paulista, o aumento da massa salarial e o fato de que o Estado tem destaque nos setores que puxam a indústria nacional são os principais motivos apontados para a liderança regional no crescimento brasileiro.
Na indústria, enquanto a média do Brasil cresceu 6,3% no primeiro semestre, São Paulo chegou a 9,8%. Hoje, o IBGE vai divulgar os dados regionais da indústria de julho, que devem confirmar a tendência de expansão do Estado.
De janeiro a julho, os principais impactos positivos no resultado da indústria paulista foram de veículos automotores e máquinas e equipamentos – bens duráveis e bens de capital, que estão liderando o crescimento industrial no País.
O economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Mol, concorda que uma análise setorial do desempenho industrial é a pista para entender a forte liderança de São Paulo em 2008.
No varejo, enquanto na média do País o aumento nas vendas foi de 10,6% no primeiro semestre, a expansão em São Paulo atingiu 14,3%. O assessor econômico da Fecomércio-SP Altamir Carvalho explica que “a variável determinante” para esse desempenho é a renda. Em junho, a massa salarial das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE cresceu 8,2%, e em São Paulo, 10,7%.
Segundo o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Nilo Lopes, o varejo paulista responde por 35% das vendas no País e tem sido beneficiado pela indústria.
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