SP investe R$ 18 milhões em digitalização

Gazeta Mercantil - São Paulo - Quarta-feira, 6 de julho de 2005

qua, 06/07/2005 - 8h41 | Do Portal do Governo

Vicente Vilardaga

Até metade de 2006, 40 milhões de documentos de identidade estarão disponíveis on-line. Um dos maiores projetos de digitalização de documentos no Brasil desenvolve-se, neste momento, na Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, que trata de converter em arquivos digitais seus registros civis e criminais.

Até meados do próximo ano, todos os documentos – 40 milhões de registros gerais (RG) e 3,5 milhões de processos criminais – estarão armazenados em data centers e disponíveis on-line para delegacias e postos Poupatempo por meio da rede intranet do governo paulista, a Intragov.

Força tarefa

O trabalho de digitalização, feito em três turnos, envolve 800 pessoas e está sob responsabilidade do grupo nacional TCI, vencedor da licitação pública para o projeto. O valor total do contrato é de R$ 18 milhões.

Os registros civis do estado de São Paulo estão armazenados em papel no Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt e o cronograma da TCI prevê que até o final do ano todos estarão digitalizados. Cerca de 40% dos registros civis, incluindo as impressões digitais e as fotografias, já foram convertidos em arquivos eletrônicos.

Segundo Guilherme Carvalho, diretor do grupo TCI, dentro de dois meses será criado um data center na companhia paulista de processamento de dados, a Prodesp, que disponibilizará os registros por meio da Intragov. O trabalho de digitalização dos processos criminais está sendo iniciado agora e deverá estar concluído até meados de 2006.

Inclusão do Detran-SP

O projeto do governo paulista inclui também a digitalização dos novos processos de licenciamento de veículos do Detran-SP. A TCI, além da digitalizar estes processos, cuidará do armazenamento do acervo de cerca de 80 milhões de documentos do departamento. Oito scanners da Kodak são utilizados para capturar as imagens dos processos civis, criminais e de licenciamento de veículos. A capacidade destes equipamentos atinge 160 páginas (frente e verso) por minuto.

A digitalização dos registros civis acelerará os trâmites e reduzirá os custos da emissão da segunda via dos documentos de identidade, pois permitirá que a consulta aos dados seja feita on-line nas próprias delegacias. Atualmente, cerca de 5 mil pedidos de segunda via do RG são feitos diariamente e o retorno das consultas demora de dois a três dias.

No caso dos registros criminais, também são esperados ganhos de eficiência e baixa de custo. A partir de uma impressão digital, por exemplo, será possível conferir on-line e em tempo real a identidade e consultar as informações sobre um suposto criminoso.

A TCI é uma empresa nacional de guarda de documentos com sede em São Paulo e faturamento anual em torno de R$ 40 milhões. Além de vender soluções de armazenamento físico e digital, a empresa desenvolve softwares para gerenciamento eletrônico de documentos (GED).

A TCI tem clientes na área governamental, de telecomunicações (TIM e Claro) e financeira (Banco Votorantim).