Haverá exposição interativa, em que é possível conhecer a luta contra o preconceito
A história brasileira da luta pelos direitos dos surdos, cegos ou qualquer outro portador de algum tipo de diferença física caminhou quase “invisível” nos últimos 30 anos. Foi em 3 de dezembro de 1981 que o mundo ganhou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, mas só hoje, 28 anos depois, São Paulo inaugura o primeiro Memorial da Inclusão, inédito no País e América Latina.
Pela exposição interativa instalada no Memorial da América Latina, zona oeste da capital, será possível conhecer a trajetória de quem lutou para que, por exemplo, a guia rebaixada virasse coisa tão comum nas calçadas. Na mesma mostra, mesmo quem escuta, enxerga e caminha sem restrições vai conferir como é conviver com outros desafios da acessibilidade, como falta de rampas ou informações em braile. Logo na entrada do memorial está a Sala dos Sentidos, totalmente escura. Ali, os participantes entram em contato com objetos e sons triviais da cidade. “É para as pessoas entenderem que existem outras formas de comunicação”, diz a curadora da mostra, Elza Ambrósio. “Se não tivermos memória, no futuro repetimos os mesmos erros do passado”, disse Linamara Batistela, secretária Estadual da Pessoa com Deficiência, idealizadora do memorial, que vai funcionar todos os dias, de graça.
