Agora São Paulo
Representantes da ONG Shelter Box, que já atuou em grandes catástrofes, como o tsunami na Ásia, em 2004, e o furacão Katrina em Nova Orleans (EUA), em 2005, dizem que a situação em Santa Catarina é “bastante crítica”. Para atender as vítimas, chegam doações de todo o país.
Só do Estado de São Paulo já foram enviados oito caminhões e arrecadadas 357 toneladas de donativos. Segundo a assessoria do Fundo Social de Solidariedade, que administra as doações, 160 toneladas de água foram enviadas, além de 17 mil kg de alimento e mais de 27 mil peças de vestuário.
A Sabesp mandou quatro caminhões especiais para desobstrução de bueiros. No depósito do Jaguaré, onde estão concentradas as doações, ainda há 150 toneladas de água, 30 mil kg de alimentos e 9.600 itens de higiene pessoal. O fundo ainda está recebendo donativos da população. Quem quiser doar pode procurar um posto da Polícia Militar ou dos Bombeiros.
Segundo o governo de Santa Catarina, as doações em dinheiro para as vítimas das chuvas vindas de todo o país chegavam a R$ 5.714.157,51 até a manhã de ontem. As doações foram feitas ao Fundo Estadual da Defesa Civil, que abriu contas correntes para a arrecadação em auxílio aos atingidos.
Conforme a ONG Shelter Box, como as famílias desabrigadas conseguiram acesso imediato a abrigos provisórios, elas estão conseguindo viver com um mínimo de “dignidade”, apesar da gravidade da situação. Dois membros da entidade chegaram ao Estado no fim de semana. “É um desastre terrível. Os serviços de emergência estão lidando com muitas ocorrências [ao mesmo tempo]”, diz Shaun Halbert, 55, cirurgião da ONG.
