SP economiza R$ 240 mi comprando pela internet

Diário de S. Paulo - Domingo, 16 de maio de 2004

seg, 17/05/2004 - 10h45 | Do Portal do Governo

Governo estadual consegue reduzir custos por meio de transações online e planeja ampliação do sistema de pregões eletrônicos em licitações

Viviane Raymundi

Desde 2001 fazendo parte de suas compras por meio da internet, o Governo do Estado de São Paulo vai agora implantar em toda a administração o pregão eletrônico para licitações, ou seja, com lances de preços totalmente on-line.

Segundo o Governo, o processo possibilita a ampliação da competição e do número de fornecedores interessados na compra, o que acaba reduzindo o preço dos produtos. Com isso, no ano passado, diz, o estado chegou a economizar R$ 240 milhões.

No início deste ano, o Governo lançou um site que divulga todas as modalidades de licitações e pregões em andamento, facilitando a vida de fornecedores.

Hoje já é possível oferecer ao estado – pela internet e sem intermediários, inclusive para autarquias – bens que dispensam licitação, ou seja, de valores até R$ 8 mil. Também podem ser indicados produtos adquiridos por meio da modalidade convite, com valor de até R$ 80 mil. Além do estado, 58 prefeituras participam do sistema.

Na Bolsa Eletrônica de Compras (BEC), o estado divulga por um site o itens de que necessita. Os interessados se habilitam a participar da cotação, ganham uma senha e passam a receber informações sobre todo o processo. No dia do leilão, os lances são feitos on-line e ganha o fornecedor que oferecer o menor preço.

O comerciante Leopoldino Pereira Neto, de 60 anos, aprovou o sistema. Dono de uma empresa de materiais de limpeza no Jardim Marisa, Zona Oeste da Capital, ele fornece ao estado produtos de limpeza e descartáveis por meio da BEC. ‘É um sistema eficiente e sério e eles pagam religiosamente em dia’, disse ele.

Enrique Sala, proprietário de uma papelaria em Moema, na Zona Sul, também elogia o processo: ‘Não tem corrupção’. Ele alerta, entretanto, que, quando as especificações não são claras, empresas sem estrutura podem ganhar a concorrência.

São 50 mil os itens que podem ser vendidos eletronicamente – bens, suprimentos e até alguns tipos de serviços. ‘No ano passado tivemos 21.037 negócios. Desde que foi implementado o sistema tem aumentado a cada ano. Em 2001 foram 5.291 negócios. Em 2002, 10.361 transações e, em 2003, 21.037’, disse Arnaldo Madeira, secretário estadual da Casa Civil.