Sorvetes ganham microorganismos na USP

Folha de São Paulo - Quinta-feira, dia 14 de setembro de 2006

qui, 14/09/2006 - 11h08 | Do Portal do Governo

Uma pesquisa da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP (Universidade de São Paulo) utilizou o sorvete para estudar os probióticos (bactérias com efeitos benéficos à saúde).

O objetivo do estudo foi encontrar meios e alimentos alternativos em que esses organismos possam sobreviver, mesmo depois de armazenados por algum tempo.

A pesquisa pode abrir espaço para a chegada de diversos produtos enriquecidos com probióticos às prateleiras dos supermercados. As empresas que seguirem por esse caminho vão precisar de tecnologia adequada de produção, já que os probióticos são sensíveis a alguns ambientes, como os de baixas temperaturas. Além disso, esses microorganismos produzem ácidos quando fermentados, o que pode alterar o sabor dos alimentos. Na pesquisa com os sorvetes, foram escolhidos os sabores cajá e acerola, frutas com sabores fortes, exatamente para disfarçar o gosto característico dos ácidos.

O que é novidade por aqui já é muito utilizado em outros países, como o Japão. Lá, os probióticos são usados em cereais, queijos e salames. Esses microorganismos combatem o surgimento de bactérias, produzem vitaminas no alimento ou já no intestino, auxiliam a digestão da lactose e ajudam a prevenir infecções.