Software combate sonegação no Estado

Gazeta Mercantil - 28/5/2002

ter, 28/05/2002 - 9h57 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo acaba de ganhar um poderoso aliado na luta contra a sonegação de impostos. Com o Projeto DW, de Business Intelligence, ligado ao Sistema Integrado da Administração Tributária (Siat), a Secretaria planeja melhorar a arrecadação sem aumentar impostos e promover uma fiscalização mais eficaz, ao conhecer o padrão de seus contribuintes para tomar decisões mais ágeis e seguras.

O Projeto DW integra o Siat e utiliza o datawarehouse (banco de dados) da Secretaria da Fazenda, que inclui o cadastro de informações econômicas, fiscais e de arrecadação de mais de 800 mil empresas e o cadastro de 13 milhões de veículos armazenados no Adaptive Server IQ, da companhia norte-americana Sybase, fornecedora da plataforma de business intelligence.

O Adaptive Server IQ é um banco de dados de alta performance e capacidade de armazenamento de informações, projetado para atender às necessidades de BI e a uma nova geração de requisitos de escalabilidade para datawarehouse concebida para a web. Com o uso dessa solução, aliada à ferramenta de visualização de dados da Business Objects, a Secretaria da Fazenda consegue, hoje, fazer o cruzamento de dados das empresas dentro do novo conceito de fiscalização por setores de negócios, apurando uma série de inconsistências. ‘Cruzando os dados de 70 empresas de um determinado setor, apurou-se uma inconsistência fiscal no valor de R$ 300 milhões’, revela Edson Gustavo de Souza, fiscal da Secretaria e gerente do Projeto DW, sem especificar qual a área da investigação. ‘Essa análise está nos ajudando a arrecadar cerca de R$ 17 milhões, e isto é apenas uma pequena amostra do que será possível fazer.’

Para Roberto Ita, gerente de contas da Sybase, a divisão por setores deve facilitar o andamento do projeto, pois vai focar o processamento das informações, o acesso e o cruzamento dos dados, para então criar os relatórios analíticos que vão balizar o trabalho dos fiscais.

Cyro Queiroz Fiuza