De O Estado de S.Paulo
A taxa de fecundidade no Estado de São Paulo é atualmente de dois filhos para cada mulher, ficando entre as mais baixas do País. Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde, de 2005, mostrava também queda contínua nos últimos sete anos de gravidez na adolescência. Para especialistas, o acesso dos jovens paulistas a informações sobre métodos anticoncepcionais é principal motivo. Entre 1998 e 2004, o número de nascimentos de bebês filhos de mães de 10 a 19 anos de idade diminuiu 27,9%.
Ainda assim, maior parte dos nascimentos, cerca de 60%, fica sob a responsabilidade da rede pública, sendo feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). ‘Está claro que a população carente precisa de mais orientação do governo para ter acesso a métodos contraceptivos’, diz o oncologista Drauzio Varella.
Na capital, as cerca de 400 Unidades Básicas de Saúde distribuem a cada ano 25 milhões de preservativos, 1 milhão de cartelas de anticoncepcionais e 7 mil cartelas de pílula do dia.
‘Fazemos ainda 5 mil laqueaduras por ano e também 5 mil vasectomias durante o mesmo período’, conta Júlio Mayer de Castro Filho, coordenador da área técnica da Saúde da Mulher na Secretaria Municipal de Saúde. ‘O Estado será nosso parceiro.’
Pela lei do governo federal, o sistema público de saúde só pode fazer laqueaduras e vasectomias em homens e mulheres com pelo menos dois filhos e mais de 25 anos.
QUEDA NA FECUNDIDADE
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a comparação de dados de 1995 e 2005 mostra que a proporção de mulheres em idade reprodutiva com filhos caiu de 63,4% para 63%. Como conseqüência da queda da fecundidade, caiu o número de casais com filhos – em 1995, a taxa era 63,7%; dez anos depois, 53,3%. Quanto maior a escolaridade da mulher menor a família.
A faixa etária em que se registrou um aumento na taxa de fecundidade no País foi entre jovens de 15 a 17 anos: passou de 6,8%, para 7,1%.
