Sete presos em megablitz na Paraisópolis

Jornal da Tarde - Quarta-feira, 15 de junho de 2005

qua, 15/06/2005 - 9h47 | Do Portal do Governo

CAMILA ANAUATE

Operação conjunta das Polícias Civil e Militar, GCM e Prefeitura na favela do Morumbi, Zona Sul da Capital, também acabou com a apreensão de drogas, armas, veículos e até botijões de gásSete pessoas presas e a apreensão de 161 papelotes de maconha, 57 de cocaína, 172 pedras de crack, uma metralhadora 9 mm, um revólver 38, uma pistola 380, seis veículos e até um carregamento de botijões de gás. Esse é o saldo da megaoperação realizada ontem na Favela Paraisópolis, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, pelas Polícias Civil e Militar, Guarda Civil Metropolitana, Subprefeitura Campo Limpo e SPtrans.

‘O objetivo da operação é fazer a manutenção dos índices criminais, que estão caindo significativamente na região’, afirmou o coronel Suita, do Comando de Policiamento de Área Metropolitana (CPAM 5). Esta foi a primeira operação de grande porte na região.

A polícia realizou o mapeamento dos pontos a serem fiscalizados. Das 6h às 19h, 76 viaturas e 220 homens percorreram a favela em busca de irregularidades. Todas as entradas e saídas foram bloqueadas. Uma delegacia móvel foi instalada para registrar os flagrantes.

Dos sete presos, um era procurado pela Justiça. Ataíde Evangelista de Souza foi condenado em 2000 a cinco anos e sete meses de prisão por roubo e, desde então, estava foragido. Outras duas pessoas foram presas em flagrante por tráfico de entorpecentes e porte de armas.

Em um depósito clandestino, os policiais encontraram 661 botijões de gás. Duas motocicletas foram apreendidas com adulteração de chassi, outra por ato infracional (falta de habilitação do condutor, menor de idade) e um carro, por documentação irregular. Os policiais também recolheram duas vans escolares que transportavam crianças irregularmente.

Segundo o delegado-seccional da Região Oeste, Dejar Gomes Neto, Paraisópolis foi escolhida para iniciar a megaoperação por ter altos índices de homicídio. Neto pretende levar as blitze para toda a região oeste de São Paulo. Para ele, o mais importante é a presença da polícia junto à comunidade. ‘Dá sensação de segurança.’