Medida anunciada por Alckmin terá impacto anual de R$ 1,35 bi na folha do Estado
Jander Ramon
O governador Geraldo Alckmin divulgou ontem os índices do reajuste salarial a ser concedido aos servidores paulistas a partir de 1.º de setembro, que variam de 5%, para profissionais de Educação, até 59%, para engenheiros e engenheiros agrônomos. O reajuste terá impacto anual de R$ 1,35 bilhão – alta de 7,1% sobre a folha – e atingirá 909 mil dos 920 mil servidores do Estado, entre ativos, inativos e pensionistas. O projeto de lei será enviado à Assembléia nos próximos dias.
‘Decidimos estender os reajustes a aposentados e pensionistas e só não foram incluídos procuradores e fiscais de renda porque tiveram reajuste no ano passado’, contou. ‘Fizemos um trabalho no limite prudencial, mas respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal.’ Alckmin explicou que o governo considerou, para os cálculos, um cenário para 2005 de crescimento de 3,8% e inflação de 5,17%. ‘Ficamos abaixo do limite de 46,55% de gastos em folha estabelecido pela Lei Fiscal. Mas se o País não crescer, poderemos ficar acima do limite prudencial’, admitiu.
Os professores de ensino básico 1 terão reajuste de 13,38%, os de ensino básico 2, 5%. Na administração penitenciária, o Estado propõe a reestruturação da carreira dos agentes penitenciários, com reajuste linear de 5%, e, para agentes de escolta e vigilância penitenciária, aumento de R$ 50 nos pisos salariais.
Engenheiros, arquitetos, engenheiros agrônomos e assistentes agropecuários terão reajustes de 59% e piso fixado em R$ 1.560. ‘Nossa área de recursos humanos identificou que essas categorias receberam reajustes abaixo da inflação, nos anos anteriores, e nós tínhamos o compromisso de corrigir essa desigualdade’, explicou Alckmin.
