Aumento anunciado ontem pelo governador Alckmin contempla 931.421 funcionários do quadro do Estado, entre ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo. Salário maior cai na conta em outubro
Aiana Freitas
Os funcionários públicos estaduais terão seus salários reajustados, em média, em 10,5%. O aumento foi anunciado ontem pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin e entra em vigor em 1º de setembro – os servidores vão receber os salários reajustados a partir do quinto dia útil de outubro.
Os aumentos contemplam 931.421 servidores. Eles correspondem a 98,8% dos funcionários do Estado, entre ativos (561.112), inativos (228.775) e pensionistas (141.574) do Poder Executivo. Não estão incluídos os procuradores fiscais e de renda; os funcionários de fundações e universidades, e os servidores dos poderes Legislativo e Judiciário.
O governador anunciou que o piso salarial do Estado passou de R$ 470 para R$ 510. Os índices de reajuste variam de acordo com cada categoria de servidor, mas vão de 5% a 16%.
Professores da rede estadual de ensino terão um reajuste de 15% na escala de vencimentos. Além disso, os que ainda estiverem na ativa também receberão do governo uma gratificação fixa equivalente a 15% do salário. Professores das Fatecs e de escolas técnicas terão reajuste de 15%. Os servidores administrativos do Centro Paula Souza terão aumento de 8,5%.
Na Saúde, 16% de aumento
Os profissionais da Saúde terão um reajuste de 16% no salário-base e na Gratificação Especial de Atividade GEA. Além disso, a jornada de trabalho dos médicos vai aumentar de 20 para 24 horas semanais, com correspondente aumento proporcional da remuneração.
Policiais militares, civis e delegados de polícia terão seus vencimentos reajustados em 10%. Nos cargos da Administração Penitenciária, haverá reajuste de 10% na escala de vencimentos dos agentes de segurança. Agentes de escolta também terão 10% de aumento na escala de vencimentos, mas vão contar ainda com a reestruturação da carreira, o que vai significar incremento na folha de pagamento desses servidores de 14,61%.
Pesquisadores científicos verão seus salários-base aumentarem em 15%. Profissionais da chamada ‘Área meio’, que inclui cargos comissionados, administradores e economistas, terão reajuste médio de 8,5%.
O custo desses aumentos para o governo do Estado é estimado em R$ 722 milhões ainda para este ano. No ano que vem, os reajustes vão representar um gasto de R$ 1,8 bilhão. Segundo Alckmin, os aumentos estão dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. ‘Não são os reajustes ideais, mas são superiores à inflação dos últimos 12 meses’, ressaltou.
O projeto de lei que prevê os reajustes será enviado para a Assembléia Legislativa nos próximos dias.
