Serra recebe Aécio e diz que PSDB continuará unido

O Estado de S.Paulo - Quarta-feira, 16 de maio de 2007

qua, 16/05/2007 - 12h11 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

No Bandeirantes, tucanos discutem pauta comum para Congresso

Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves, voltaram ontem a dar demonstrações de que os tucanos estão unidos. “Reafirmamos reciprocamente a idéia de que estamos juntos, estivemos sempre juntos e vamos estar juntos nos próximos anos para o que der e vier”, disse Serra, após um almoço com o colega mineiro no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Anteontem, os tucanos já haviam mostrado sintonia durante um jantar em homenagem ao governador mineiro, no Jockey Club de São Paulo, com a participação de vários caciques da legenda. Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estiveram presentes.

Em rápida entrevista coletiva no Bandeirantes, Serra e Aécio disseram ontem que o PSDB faz uma oposição responsável ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao comentar declaração do presidente de que os tucanos deveriam tratar o seu governo como adversário, não como inimigo, Aécio frisou: “É mais um gesto de convergência, porque tanto eu quanto o governador Serra tratamos o PT como adversário, não como inimigo.” E finalizou com uma alfinetada nos petistas: “Apesar de, muitas vezes, o PT ter nos tratado como inimigos.”

A respeito da reeleição, o governador mineiro disse que o assunto não está na agenda de preocupações do partido neste momento. “Não é isso que vai mudar o quadro político-eleitoral”, disse.

Aécio, que se posiciona contra a reeleição, disse que a questão agora é com o Legislativo. “Se o Congresso achar que é adequada essa questão, ele discute. Eu tenho minha opinião e não vou gastar minha energia na discussão deste assunto.”

PARTILHA

Além da questão da flexibilização do endividamento dos Estados, Serra e Aécio discutiram outras questões que pretendem levar ao Congresso, como a partilha da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) vinculada a investimentos na área da Saúde – tanto para Estados quanto para os municípios – e a isenção do PIS e Cofins para empresas de saneamento. “Coisas lógicas e racionais para conversar também com outros governadores e nos articularmos no Senado e na Câmara para garantirmos a aprovação dessas questões”, explicou Aécio.

Para o governador de Minas, esta não é apenas uma agenda da oposição, mas de toda a Nação. “É preciso que o governo tenha sensibilidade para pleitos absolutamente adequados ao País e que haja generosidade neste esforço político que o governo divulga que está fazendo através do PAC, é preciso que os Estados compartilhem e participem.”

Na sua avaliação, isso criará um clima de convergência no Congresso, possibilitando também maior facilidade na tramitação dos projetos de interesse do próprio governo