Da Gazeta Mercantil
Além do PSDB e o aliado PFL, governador deve ganhar o apoio de PDT, PPS, PTB e PP. A bancada governista na Assembléia Legislativa paulista começa à todo vapor. Pragmático, o governador José Serra (PSDB) tratou de garantir uma maioria confortável no legislativo paulista destacando o deputado Vaz de Lima (PSDB), que será eleito hoje presidente da Casa, para negociar os cargos da mesa diretora, inclusive com o PT.
Tomam posse hoje os 94 deputados eleitos em outubro, entre eles 49 reeleitos. Dos 45 novos deputados, 11 são do PSDB e oito do PFL. A capacidade de negociar de Vaz de Lima e do governador pode ser avaliado, por exemplo, pelo deslocamento do deputado Rodrigo Garcia, até ontem presidente da Casa, para ocupar a pasta de Planejamento do governo de Gilberto Kassab na prefeitura paulistana.
“O rolo compressor do governo será muito maior do que foi com o Alckmin (Geraldo), ele tem uma margem muito maior”, avaliou o deputado petista, Adriano Diogo.
Vaz de Lima, por orientação do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, se deu ao luxo de dispensar o apoio do deputado Campos Machado, do PTB, que nos corredores da Assembléia afirma-se controlar mais de cinco mil cargos na máquina pública estadual. “O PTB tem apenas quatro deputados e uma divergência interna. O governo não precisa deles”, disse um deputado tucano que testemunha a rédea curta de Serra com relação à negociação de cargos.A formação da mesa diretora pode ser considerado um dos melhores exemplos da maneira Serra de negociar. O cargo mais importante, depois da presidência que será ocupada por Vaz de Lima, ficará para o PT, com o deputado Donisete Braga que também ocupara a 4ª secretaria com a deputada Maria Lúcia Prandi. Waldir Agnello, do PTB, ficará com a 1ª vice-presidência, Luis Carlos Giondim (PPS) fica com a 2ª vice, Aldo Demarchi (PFL) com a 2ª secretaria e Vanessa Damo ou Padre Afonso Lobato, ambos do PV, com a 3ª secretaria.
Outra provável “baixa” dentro da base de sustentação de Serra na Assembléia deverá ser o deputado Geraldo Vinholi que também pode estar de malas prontas para ocupar a pasta do Trabalho no governo Kassab.
