O Estado de S.Paulo
O governador José Serra anunciou ontem um pacote de aumento salarial para policiais civis, militares e peritos de São Paulo, com reajustes que variam de 4,28% a 23,43%. Com isso, a menor remuneração passou de R$ 1.240 para R$1.432. O reajuste foi recebido com reservas pela categoria. “É um esforço financeiro imenso, considerando que o orçamento da segurança é de R$ 8,4 bilhões”, afirmou Serra na assinatura do pacote. Ele prevê cinco medidas, entre as quais o reajuste, que deve custar aos cofres do Estado R$ 500 milhões anuais.
As principais medidas são a junção de duas gratificações (Adicional de Local de Exercício e Adicional Operacional de Localidade), o pagamento de licença-prêmio em dinheiro, a criação de gratificação especial para delegados e a cobertura integral do salário enquanto o policial estiver em tratamento. A Gratificação por Atividade Policial (GAP) será incorporada ao salário-base dos 125 mil policiais, a um custo avaliado em R$ 117 milhões. O projeto iguala a remuneração de policiais de cidades com menos de 50 mil habitantes com os de cidades de até 200 mil habitantes.
“Não pode ser considerado aumento. É reajuste efetivado sobre a gratificação”, diz o vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Antônio Carlos do Amaral Duca. Segundo ele, os policiais paulistas passarão do 12º para o 11º posto entre os mais bem pagos. Em 1º lugar estão os policiais de Brasília.