Serra afirma que governo de SP está preparado e que a doença não é letal

Folha de São Paulo

sex, 08/05/2009 - 10h28 | Do Portal do Governo

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ontem que os casos de gripe suína do Estado serão tratados como uma doença grave, mas que o governo já estava preparado e tem feito o acompanhamento e a vigilância dos casos.

“Não é uma gripe letal. Provoca mortes, mas não generalizadas. Não há motivo para pânico, como se fosse uma doença mortal que chegou ao Brasil.”

Ele diz que nada muda em relação aos cuidados tomados pelo governo. “O sistema epidemiológico está em alerta para identificar os casos, isolar os pacientes, tratá-los e investigar os comunicantes [pessoas que convivem com os suspeitos].”

O secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, disse que as duas pessoas nas quais a doença foi confirmada estão curadas e que, como já se passaram mais de dez dias desde o início dos sintomas, não transmitem a doença.

Segundo eles, nenhuma pessoa que conviveu com as infectadas teve sintomas. Barradas disse ainda que só será testado quem tiver sintomas e veio de país com foco ou tem contato com um doente.

Desde ontem à noite, a Secretaria da Saúde mantém oito pacientes sob suspeita e mais sete monitorados. Segundo o secretário, hoje já devem ser conhecidos alguns resultados.

Das 70 amostras de secreção nasal recebidas pelo Instituto Adolfo Lutz desde o dia 29 de abril, 54 são referentes a pacientes do Estado de São Paulo. Dessas 54 amostras, 46 foram descartadas depois de análises clínicas ou epidemiológicas.

Segundo Telma Carvalhanas, do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, a demora na chegada dos kits não interferiu no tratamento dos pacientes suspeitos, pois a medicação foi aplicada mesmo sem o diagnóstico definitivo. “O único prejuízo é que eles tiveram que ficar isolados.”

Segundo Marta Salomão, diretora do Adolfo Lutz, os kits são importantes para que o país detecte a circulação efetiva do vírus. “Para o paciente, não interfere em nada, pois não temos nenhum caso grave”, diz.